Torres de transmissão de energia pertencentes à empresa Eletronorte no Pará (Paulo Santos/Reuters)
Da Redação
Publicado em 6 de agosto de 2014 às 21h06.
Brasília - O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), grupo coordenado pelo Ministério de Minas e Energia, apontou nesta quarta-feira, 06, que o risco de déficit de energia elétrica entre 2015 e 2018 nas regiões Sudeste e Centro-Oeste é de 4%.
Para a região Nordeste, o risco é estimado em 0,4% para período que começa no ano que vem e vai até 2018.
As previsões, portanto, estão dentro dos parâmetros do CMSE, de um risco de déficit de até 5%. Esse índice máximo de risco segue critérios fixados pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
"Análises prospectivas de desempenho do sistema, para o período de 2015 a 2018, utilizando todos os recursos disponíveis nos anos de 2014 e 2015 e as 2.000 séries sintéticas de afluências, apontam valores para o risco de qualquer déficit de energia em 2015, nas regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste de 4,0% e 0,4%, respectivamente, os quais atendem ao critério de planejamento", cita nota sobre as conclusões obtidas na reunião desta quarta do conselho.
Para o ano de 2014, o risco de déficit de eletricidade no Sudeste e Centro-Oeste é zero, concluiu o CMSE. As estimativas para este ano e para o período entre 2015 e 2018 divulgadas hoje repetem as previsão anunciadas pelo conselho na reunião do mês passado.
"Há sobra estrutural de cerca de 5.500 megawatts (MW) médios para atender a carga prevista, valor esse atualizado com as datas de entrada em operação das usinas para os próximos meses", cita nota do conselho sobre conclusões de sua 146ª reunião ordinária, realizada nesta quarta. A reunião foi presidida pelo Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.
Em junho, no entanto, o CMSE havia apontado risco de déficit de energia de 2,5% em 2014, o que assustou o mercado.
Mas agora, segundo o conselho, a garantia do suprimento se dá porque "se dispõe atualmente de um parque de geração termoelétrico significativo, que vem sendo utilizado como complementação à geração hidrelétrica".
O comitê diz que o setor está estruturalmente equilibrado, devido à capacidade de geração e transmissão instalada no Brasil.
O CMSE assegura que "as condições de suprimento de energia do Sistema Interligado Nacional mantiveram-se estáveis em relação ao mês anterior", diz nota.
Em relação à região Sul, o CMSE cita que os reservatórios das bacias dos rios Uruguai, Iguaçu e Jacuí, além da usina de Itaipu, vem se mantendo "praticamente em seus armazenamentos máximos", com as chuvas observadas recentemente.
O termo "praticamente máximos" em relação a essas bacias do Sul do País também estava presente na nota da reunião de julho do CMSE.