Pôster de Campos em Recife: comitê de campanha em SP do PSB tem pouco movimento (Fernando Frazão/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 14 de agosto de 2014 às 15h21.
São Paulo - Um dia depois da trágica morte do ex-governador Eduardo Campos (PSB), o comitê de campanha da chapa que era encabeça por ele ao lado de Marina Silva tem pouco movimento nesta manhã fria em São Paulo.
A agitação que era comum no local deu lugar a corredores vazios. A maior parte das pessoas que passa pelo local, ainda sobre o impacto da tragédia, tenta se organizar do aspecto prático das preparações de velório e enterro.
Passou no final da manhã desta quinta-feira, 14, pelo comitê o vereador na capital paulista pelo PSB, Eliseu Gabriel, que lamentou a morte de Campos.
"Ele era uma pessoa humana absolutamente fantástica e tudo indicava que teria grandes chances de ganhar a eleição", afirmou.
Esteve também no comitê, na zona sul de São Paulo, o prefeito de São José do Rio Preto, Valdomiro Lopes (PSB).
Ele relatou que foi informado ontem do acidente com o jatinho de Campos através do presidente estadual da legenda Márcio França, pelo telefone. "Eu disse pra ele 'não é possível, Márcio'."
Lopes descreveu Campos como uma pessoa muito aberta, "brincalhão", que atendia a todos do partido pelo celular.
O prefeito relatou ainda que, em 2012, Campos visitou sua casa em Rio Preto e não se importou com as paredes de pintura descascada.
Lopes pretendia levar Campos nas próximas semanas para visitar escolas em tempo integral em funcionamento em Rio Preto.
"Eu perdi um amigo e o Brasil perdeu um grande estadista", disse.
Os coordenadores da campanha, Carlos Siqueira e Bazileu Margarido, bem como o vice-presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, continuam no comitê, deixaram há pouco o prédio para almoçar.
Eles estavam reunidos com outras lideranças, como a deputada Luiza Erundina, para discutir questões de ordem prática, como a liberação dos restos mortais de Campos e o planejamento dos próximos dias.
Segundo a assessora de Amaral, ele está bastante abatido hoje, mais do que ontem, e no momento não tem disposição para se pronunciar publicamente.
Amaral foi próximo do avô de Campos, Miguel Arraes, e conhecia Campos desde pequeno.