Andrés Sanchez, presidente do Corinthians: clube chegou a acordo com a Odebrecht (Daniel Kfouri/Placar)
Da Redação
Publicado em 15 de junho de 2012 às 13h55.
São Paulo - As 12 cidades que serão sede da Copa do Mundo de 2014 já provaram ao Comitê Organizador Local (COL) que têm os recursos para construir ou modernizar os estádios que ofereceram para a competição, após a aceitação das garantias financeiras oferecidas por São Paulo, a única que faltava.
Após as finanças para a construção do Itaquerão terem sido aprovadas, "ficou resolvida a última dúvida em relação ao financiamento dos estádios para a competição em 2014", segundo comunicado emitido pelo COL.
O Comitê, no entanto, esclareceu que anunciará apenas em outubro quais serão as cidades nas quais serão realizados o jogo de abertura e a final da Copa. Contudo, há um acordo para que o Maracanã sedie a decisão, enquanto São Paulo, Belo Horizonte e Brasília pleitam a primeira partida.
O COL, no entanto, destacou o empenho tanto das autoridades regionais e municipais de São Paulo quanto do Corinthians, que será dono do estádio, para obter os recursos necessários para assegurar que a maior cidade do país também será sede do Mundial.
"Essa aprovação em tempo recorde (menos de um ano) é fruto do empenho do Corinthians e do poder público de São Paulo, especialmente do governador Geraldo Alckmin e do prefeito Gilberto Kassab", afirmou o presidente do COL e da CBF, Ricardo Teixeira, citado na nota.
As garantias financeiras foram apresentadas na segunda-feira, depois que o Corinthians chegou a um acordo para que a construtora Odebrecht, que se encarregará da construção, também será responsável pela captação dos recursos.
Conforme o acordo, as obras serão garantidas por um fundo de investimentos imobiliários a ser criado e que venderá participações no mercado. Tal fundo terá a Odebrecht em sua estrutura, o que garante que a construtora ajudará a financiar a obra.
O clube paulista obterá parte dos recursos para financiar seu estádio de um crédito de R$ 400 milhões oferecido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Além disso, o Corinthians também se beneficiará de uma lei aprovada no mês passado pelo Conselho Municipal de São Paulo e que lhe garante isenções fiscais de R$ 420 milhões para a obra.
Em março, a Fifa chegou a ameaçar excluir São Paulo da Copa pela demora em definir o estádio que será utilizado na competição e em apresentar as respectivas garantias financeiras.
A entidade, além disso, a capital paulista da lista de cidades que organizarão a Copa das confederações, que será disputada em 2013.