Exame de sangue (EFE)
Agência de notícias
Publicado em 16 de outubro de 2024 às 07h23.
O presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Tande Vieira (PP) afirmou que o grupo só deve ser reunir na próxima semana para deliberar sobre o caso dos pacientes infectados com HIV após serem transplantados. Ele afirmou que o grupo deve acompanhar as investigações já iniciadas, como as das polícias Civil, Federal, Ministério Público e a sindicância interna da secretaria de Saúde.
Questionado se havia uma demora em se posicionar sobre o tema, Tande diz que a Comissão de Saúde só "age após decisão colegiada de seus membros". Ele foi eleito prefeito de Resende nas últimas eleições com o apoio de Dr Luizinho (PP), um dos investigados pelos órgãos de controle no caso.
"Devemos discutir o assunto na reunião da Comissão na próxima semana. Eu, pessoalmente, tenho uma confiança muito grande no Dr. Luizinho - que foi um grande secretário de Saúde - e, como ele, defendo que os autores deste erro grotesco sejam responsabilizados", disse o deputado.
A sessão desta terça-feira foi a primeira da Alerj após a revelação do caso pela Bandnews FM. Em uma sessão esvaziada, ficou a cargo da oposição a cobrança de uma investigação da Casa no tema. O deputado Flávio Serafini (PSOL) cobrou uma posição da Assembleia. Ele está reunindo assinaturas para pedir a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
"A Polícia Civil começou a investigar, o Ministério Público começou a investigar, o Ministério da Saúde está investigando e a gente tem que acompanhar. O Parlamento não pode se omitir. Não pode passar mais um dia nesse Parlamento como se o Rio de Janeiro não fosse, nesse momento, uma vergonha nacional", disse ao microfone.
No momento da fala do psolista, a sessão era comandada pelo presidente Rodrigo Bacellar (União) que seguiu com a pauta do dia sem comentar o erro cometido pelo laboratório. Ao fim da sessão, quando os deputados podem discursar sobre temas livres, Martha Rocha (PDT) e Luiz Paulo (PSD) também cobraram uma ação.
A pedetista, que já foi da Comissão de Saúde, disse que havia pedido que Tande Vieira antecipasse a reunião do colegiado e que o grupo aprove a convocação da secretária de Saúde Cláudia Mello a uma audiência pública.
"As pessoas venceram uma fila de transplante e foram infectadas e correm risco de morte, sim, em razão da doença que receberam pela forma imprudente, não profissional, leviana como essa questão foi tratada. Além disso, esse laboratório atende a dez unidades de Saúde do Governo do Estado", disse.