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Comissão de Ética da Presidência da República recebe mais duas denúncias contra Silvio Almeida

Ex-ministro foi demitido por Lula em setembro após a organização me Too Brasil afirmar ter recebido denúncias de assédio sexual contra ele, que nega as acusações

Agência o Globo
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Publicado em 18 de outubro de 2024 às 12h59.

Última atualização em 18 de outubro de 2024 às 13h03.

A Comissão de Ética da Presidência da República apura mais dois casos de denúncias de assédio sexual contra o ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. O processo está sob sigilo e não foi possível identificar se as denúncias foram feitas por servidores. A informação foi publicada pela Folha de S.Paulo e confirmada pelo GLOBO.

Em nota, a Casa Civil da Presidência da República confirmou as duas novas denúncias, mas não deu mais detalhes Procurada, a defesa do ex-ministro não se manifestou até a publicação desta reportagem.

Silvio Almeida foi demitido por Lula em setembro após a organização me Too Brasil afirmar ter recebido denúncias de assédio sexual contra ele, que nega as acusações. À época, ele afirmou que as denúncias eram "ilações absurdas". Ele acrescentou ter acionado a Controladoria-Geral da União (CGU), o Ministério da Justiça e Segurança Pública e a Procuradoria-Geral da República (PGR) para que façam uma apuração cuidadosa do caso. Almeida também apresentou uma interpelação na Justiça contra a Me Too Brasil para que esclareça quais os procedimentos adotados pelo grupo antes de divulgar a denúncia contra ele.

O caso é investigado pela Comissão de Ética da Presidência da República desde então.

Uma das vítimas é a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Em entrevista ao GLOBO, ela contou que pensou por meses se “havia feito algo que não deveria” enquanto sofria episódios de importunação sexual e que foi difícil processar o que aconteceu, já que o ex-responsável pelo Ministério dos Direitos Humanos é considerado uma voz relevante no movimento negro.

"Violência é violência, importunação é importunação e assédio é assédio, independentemente de quem faça. Isso não pode ser tolerado", afirmou.

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