Segovia; em entrevista, Segovia disse que os indícios na investigação são "frágeis" (José Cruz/Agência Brasil)
Reuters
Publicado em 19 de fevereiro de 2018 às 20h50.
Última atualização em 19 de fevereiro de 2018 às 22h01.
Brasília - A Comissão de Ética Pública da Presidência da República deu 10 dias ao diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, explicar as declarações dadas em entrevista à Reuters em que indicava tendência de arquivamento do inquérito dos portos, em que o presidente Michel Temer é investigado.
O processo contra Segovia foi aberto na sexta-feira da semana passada depois de denúncia apresentada pelo líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS). Em caso de denúncia, o processo é automaticamente aberto, sem necessidade de análise pela comissão.
"Interessa de fato à comissão saber se as informações privilegiadas foram devidamente conservadas, se houve ou não alguma espécie de transgressão praticada pelo diretor-geral", disse o presidente da comissão, Mauro Menezes.
Em entrevista à Reuters, antes do Carnaval, Segovia disse que os indícios na investigação são "frágeis" e que até agora não houve confirmação de corrupção.
Intimado pelo relator do caso no Supremo Tribunal Federal, ministro Luís Roberto Barroso a explicar suas declarações, Segovia foi ouvido nesta segunda pelo ministro por cerca de 20 minutos.