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Comissão da OAB-SP defende operação na Cracolândia

Para presidente da Comissão, ação foi "a mais adequada para o momento"

Região conhecida como Cracolândia, no centro de São Paulo (Fabiano Accosi/Veja)

Região conhecida como Cracolândia, no centro de São Paulo (Fabiano Accosi/Veja)

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Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2012 às 13h59.

São Paulo - A operação policial na Cracolândia está sendo bem-sucedida na medida em que age sobre o principal problema da região, que é a concentração de dependentes de crack em determinadas ruas do Centro da capital paulista. A opinião é do presidente da Comissão de Segurança Pública da Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo (OAB-SP), Arles Gonçalves Júnior. "Com a pulverização, a periculosidade fica menor", afirmou hoje (7) à Agência Estado.

Para ele, a ação optou pela dispersão dos viciados e foi "a mais adequada para o momento", visto que o índice de criminalidade naquela região da Luz aumentou nos últimos meses. "De uma forma ou de outra, isso obrigará outras áreas do Estado a tomarem alguma atitude", argumentou. "Não dava mais para aguardar o aparelhamento do Estado para que então houvesse uma ação conjunta entre polícia e assistência social - o que seria mais eficiente."

O presidente da comissão da OAB já enviou mensagem ao comandante-geral da Polícia Militar, coronel Álvaro Batista Camilo, parabenizando a corporação "pelo brilhante trabalho realizado na operação".

De acordo com nota divulgada ontem pela assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo, Arles Gonçalves Júnior considera que a ação da PM mandou um recado aos traficantes da região. "A polícia de São Paulo não permitirá que o crime organizado crie, na cidade, áreas comandadas pelo tráfico", afirmou, segundo a assessoria da secretaria. "O Estado não pode permitir que haja áreas em que o Estado não entre, e quem comande seja o tráfico."

"São ações como essas que efetivamente combatem o crime, pois o efeito pedagógico freia o ímpeto dos marginais e gera uma retração imediata nos índices de criminalidade", escreveu Arles, conforme a assessoria da secretaria.

De acordo com balanço divulgado ontem pela Secretaria da Segurança Pública, a operação iniciada dia 3 na Nova Luz, dentro da Ação Integrada Centro Legal, já resultou em 23 prisões - 16 foragidos da Justiça recapturados e 7 pessoas presas em flagrante - e foram apreendidas aproximadamente 250 pedras de crack.

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