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Comissão aprova Orçamento e texto vai a plenário nesta quarta

Texto aprovado fixa o salário mínimo em 540 reais, como queria o governo, e eleva o investimento

Relatório aumenta os investimentos da União, em relação à proposta original do governo, em 12,1 bilhões de reais, para 63,5 bilhões de reais. (Mario Roberto Duran Ortiz/Wikimedia Commons)

Relatório aumenta os investimentos da União, em relação à proposta original do governo, em 12,1 bilhões de reais, para 63,5 bilhões de reais. (Mario Roberto Duran Ortiz/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 22 de dezembro de 2010 às 13h15.

Brasília - A Comissão Mista de Orçamento do Congresso aprovou nesta quarta-feira o relatório final do Orçamento da União de 2011. A proposta do orçamento deverá ser votada ainda nesta quarta-feira em sessão plenária do Congresso Nacional. O texto aprovado fixa o salário mínimo em 540 reais, como queria o governo, e eleva o investimento.
 
Apresentado pela senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), o relatório aumenta os investimentos da União, em relação à proposta original do governo, em 12,1 bilhões de reais, para 63,5 bilhões de reais. Os investimentos das estatais foram estimados em 107,4 bilhões.

O texto aprovado na comissão confirma a elevação das previsões de arrecadação feita pelo relator de receitas, deputado Bruno Araújo (PSDB-PE). Os parlamentares aumentaram a receita primária líquida em 22,4 bilhões de reais. O governo, porém, discorda dessa reestimativa.

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, já disse que o governo poderia fazer contingenciamentos no ano que vem, se a elevação da receita fosse aprovada.

O Planejamento enviou à relatora Serys um pedido de corte no Orçamento de 3 bilhões de reais. Ela acatou e ainda colocou outros 3 bilhões de reais em uma "reserva de contingenciamento".

Esses recursos --2 bilhões de reais para pagar pendências judiciais de aposentados e 1 bilhão de reais para o Bolsa Família-- poderão ser utilizados se a previsão de crescimento da receita feita pelo Congresso se confirmar.

Serys também autorizou a União a recompor eventuais perdas de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Essas reduções foram feitas em relatórios setoriais que formam a peça orçamentária.

O chamado Orçamento da União efetivo (que exclui refinanciamento da dívida pública) foi estimado pela relatório em 1,394 trilhão de reais, ante o 1,369 trilhão da proposta inicial do governo. O orçamento fiscal e da seguridade social passou de 1,262 trilhão para 1,287 trilhão.

O governo conseguiu, por enquanto, driblar desentendimentos com a oposição. A exclusão da Eletrobrás do cálculo do superávit primário, por exemplo, que a oposição queria derrubar na comissão, será discutida apenas no plenário.

A Comissão também derrubou, em votação simbólica, destaque do deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) que tentava reduzir a margem que o governo tem para remanejar recursos do PAC.

Após a votação no plenário ainda nesta quarta, os parlamentares entram em recesso.

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