Congresso: relator rejeitou pedido para incluir reajuste a policiais federais (Ueslei Marcelino/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 20 de dezembro de 2021 às 12h25.
Última atualização em 20 de dezembro de 2021 às 12h42.
A Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso adiou para a terça-feira, 21, a votação do Orçamento de 2022. O relator, Hugo Leal (PSD-RJ), apresentou nesta segunda-feira, 20, seu texto final, mas parlamentares discutem retirar verbas do fundo eleitoral e direcionar esses recursos para a área da educação. Há também imbróglio sobre um reajuste a policiais federais, demandado pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).
No documento apresentado por Leal estão previstos 5,1 bilhões de reais para o fundo eleitoral no ano que vem.
Na semana passada, o Congresso derrubou o veto do presidente Jair Bolsonaro ao aumento do chamado "fundão". Em votação no Senado, o veto foi rejeitado por 53 votos a 21. Na Câmara, foram 317 para garantir o aumento e 146 contra.
Após parlamentares pedirem mais tempo para discutir o relatório final da peça orçamentária do ano que vem, a CMO criou grupos de trabalho para discutir quanto do fundo eleitoral poderia ser destinado para a educação.
O Congresso também discute reduzir gastos com criação de cargos em 2022. A peça orçamentária prevê um aumento de 5 bilhões de reais com a criação de novos cargos e ocupação de vagas por concurso público.
O relator, contudo, rejeitou o pedido do governo para incluir no relatório uma previsão de reajuste salarial a policiais federais.
Na semana passada, o Ministério da Economia cedeu à pressão de Bolsonaro e enviou um ofício ao Congresso pedindo 2,86 bilhões de reais no Orçamento de 2022 para reajustar o salário da categoria.
Hoje, policiais federais foram à sala da CMO onde ocorreria a votação do Orçamento para pressionar pelo reajuste.