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Comércio solidário participa pela primeira vez da bolsa de negócios da moda

Rede que reúne artesãos fluminense participa da Rio Fashion Business para vender seus produtos

Produto da Rede Asta: grupo reúne mais de 600 artesãos (Rede Asta/Reprodução)

Produto da Rede Asta: grupo reúne mais de 600 artesãos (Rede Asta/Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2011 às 17h41.

Rio de Janeiro – Entre as tantas experiências de sucesso do mundo da moda, a 17ª Senac Rio Fashion Business mostra o exemplo da Rede Asta, iniciativa de comércio solidário que começou com o propósito de aumentar a renda dos artesãos. A Senac Rio Fashion Business é a maior bolsa de negócios da moda na América Latina e essa edição vai até a próxima quinta-feira (13), na Marina da Glória.

A Rede Asta é a primeira de venda direta de produtos de economia solidária do país e reúne mais de 600 artesãos de 33 grupos produtivos fluminenses. A coordenadora de Operações da entidade, Rachel Schettino, disse à Agência Brasil que a rede apoio os grupos na área de design e gestão, permitindo que a rede comercialize mais facilmente seus produtos.

A cada trimestre, a Rede Asta lança um catálogo com uma coleção, onde os produtos dos grupos e sua história são expostos. “Porque a nossa missão é promovê-los e incluí-los social e economicamente no mercado. Esse é o papel da Asta”.

Segundo Rachel, o objetivo da entidade é incrementar a renda para os artesãos. “O maior sonho deles é viver do artesanato e não ter que largar o que gostam para fazer outro tipo de trabalho. Então, a Asta é uma oportunidade de venda constante dos seus produtos. Com essa renda, eles podem manter o grupo ativo”.

Criada em 2007, a rede é um projeto da organização não governamental (ONG) Realice, que visa à geração de renda em comunidades de baixo poder aquisitivo do estado do Rio de Janeiro. O processo de venda é feito por meio de revendedoras que levam os produtos até os consumidores finais em um sistema conhecido mundialmente como comércio solidário.

A meta agora é ampliar o número de artesãos e grupos atendidos, na medida em que o número de revendedoras também se expanda. “A gente só coloca os artesãos na rede quando têm potencial de venda, para que, de fato, ocorra uma transformação. Na medida em que houver mercado, a gente vai ampliando a rede”.

Para participar da Rede Asta, os grupos de artesãos têm que cumprir algumas exigências: ter mais de três pessoas e estar situado em região de baixa renda. Além disso, o produto deve ter potencial de mercado e o grupo uma capacidade produtiva de, pelo menos, 200 peças por mês. 

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