Vila Gertrudes, no Itaim Bibi, em São Paulo: a estimativa da Subprefeitura de Pinheiros, que acompanha os procedimentos, é de tudo seja concluído entre 15 e 40 dias (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 14 de setembro de 2012 às 15h40.
São Paulo - Ainda totalmente isolado, o Edifício Ivany, no Itaim-Bibi, zona oeste de São Paulo, já passa por obras que devem solucionar os problemas estruturais nesta sexta-feira. Pilares do subsolo e do térreo do prédio residencial, de 14 andares, ficaram comprometidos por conta de uma reforma financiada pelo Hospital São Luis, proprietário de parte da construção e vizinho do local. O dano foi constatado durante vistoria feira na última quinta-feira, 13.
A estimativa da Subprefeitura de Pinheiros, que acompanha os procedimentos, é de tudo seja concluído entre 15 e 40 dias. Como a obra que danificou a estrutura do prédio era particular, os reparos emergenciais são financiados pelo São Luiz. Ao fim dos reparos, os responsáveis deverão apresentar laudos que comprovem a segurança da construção - aprovados pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP) - para a subprefeitura.
O edifício, localizado no número 6 da Rua Desembargador Aguiar Valim, esquina com a Avenida Santo Amaro, foi interditado por técnicos da subprefeitura na manhã da última quinta-feira, após um forte abalo ter assustado os moradores do prédio. Segundo os condôminos, o tremor aconteceu por volta das 8h30 e às 9h10 o Corpo de Bombeiros, a Defesa Civil e agentes da subprefeitura já haviam sido acionados.
Durante uma vistoria feita ainda na manhã de quinta-feira, foram constatados os problemas estruturais. O condomínio recebeu auto de interdição e auto de intimação. A obra que o hospital fazia na construção possui alvará de aprovação e execução de reforma, afirma a subprefeitura.
Conforme nota divulgada nesta sexta-feira, todos os moradores do Ivany já estavam com residências provisórias. No total, 100 pessoas moram nos 29 apartamentos, cada um de 110 metros quadrados. Alguns dos condôminos foram para casa de amigos e parentes. Já aqueles que alegaram não ter acomodações acabaram encaminhados para hotéis da região, custeados pelo Hospital São Luiz. Procurado pela reportagem, o hospital não soube dizer quantas pessoas foram alocadas pela unidade.
No térreo do prédio funciona uma galeria de lojas e, logo acima, há uma área usada como vestiário dos funcionários do Hospital São Luiz. Ambos pertencem ao hospital. A Subprefeitura de Pinheiros não soube dizer de o edifício continuará interditado durante todo o período de reformas emergenciais, mas informou que os técnicos da Defesa Civil devem acompanhar toda a obra.
No começo de agosto, o hospital iniciou obras no subsolo da galeria, onde há um estacionamento usado pelos condôminos. No dia 11 daquele mês, moradores sentiram o primeiro tremor e o prédio chegou a ser evacuado por algumas horas.