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Começa a transição no Rio: chance de descobrir quem é Witzel

Governador foi eleito com promessas fortes para a área de segurança. Nesta terça-feira, falou até em treinar snipers para executar criminosos

WITZEL EM CAMPANHA: candidato era desconhecido dos eleitores até poucos dias antes da votação  / Divulgação/ Facebook

WITZEL EM CAMPANHA: candidato era desconhecido dos eleitores até poucos dias antes da votação / Divulgação/ Facebook

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Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2018 às 06h01.

Última atualização em 31 de outubro de 2018 às 06h01.

O governador eleito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), começa nesta quarta-feira a tratar da transição de poder no Palácio Guanabara, sede do governo do estado. Ele e sua equipe foram convidados pelo governador Luiz Fernando Pezão (MDB) para a primeira reunião de trabalho. Até a posse, a julgar pelas primeiras declarações, Witzel tem muito trabalho pela frente.

O ex-juiz federal foi eleito na base promessas fortes para combater o crime, como extinguir a secretaria de segurança pública. A ideia, segundo ele, era acabar com a “ingerência” do estado. Nesta terça-feira, porém, em entrevista à GloboNews, falou em estender a presença das tropas do Exército no Rio 10 meses após o fim da intervenção militar que termina no dia 31 de dezembro. Terá, portanto, a “ingerência” do exército.

Disse ainda que quer treinar atiradores de elite para executar criminosos em favela do Rio. “Raramente sniper atira em quem está de guarda-chuva”, disse. A autorização para tal, segundo ele, é uma interpretação pessoal do código penal.

À série de promessas criticadas por especialistas, somou outra nesta terça-feira. À TV Record, Witzel prometeu acabar com as vistorias de veículos realizadas pelo Detran para destinar mais 200 milhões de reais à segurança. De uma forma torta, os fluminenses podem ter que trocar ar puro por segurança.

Witzel fez outras promessas ontem. Falou em uma parceria com a União para uma concessão para a conclusão das obras do arco metropolitano, numa nova concessão para o complexo do Maracanã e na substituição do sistema de BRT por monotrilhos. Tudo, claro, via iniciativa privada. “Fica bonito. O estado não coloca um tostão”, disse ao jornal O Globo. Na saúde, o governador eleito abandonou, por ora, a criticada promessa de privatizar atendimentos de saúde na rede privada.

Para a reunião nesta quarta-feira com Pezão, o foco deve ser na montagem da equipe de transição, que será coordenada pelo empresário José Luís Cardoso Zamith, da BCV Consulting. Passo seguinte é, segundo Witzel, começar a entrevistar “pessoas técnicas” para a secretaria de Governo e de Fazenda. “Tenho a missão esta semana de encontrar, ainda que provisoriamente, um secretário de Fazenda ou secretária para já ir tomando pé da situação”, disse ao Globo.

Enquanto isso, o eleitor fluminense vai tomando pé das promessas de um candidato que conheceu poucos dias antes de ir às urnas.

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