Postos: presidente da Sincopetro afirmou que alguns postos de São Paulo estão recebendo combustível (Tomaz Silva/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 29 de maio de 2018 às 12h20.
São Paulo - O presidente do Sindicato de Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro), José Alberto Gouveia, afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo na manhã desta terça-feira, 29, que alguns postos de São Paulo estão recebendo combustível.
Segundo ele, as entregas do combustível de 'boa qualidade' foram feitas durante a madrugada sob escolta policial.
"A entrega de combustível é mínima e não há previsão para normalizar a situação na cidade de São Paulo. 80% da entrega do combustível é feita pelos caminhões das refinarias que só conseguem sair escoltados. Os outros 20% é feito por caminhoneiros que estão em greve ou com medo de piquetes", explicou Gouveia.
O presidente da Sincopetro disse também que os postos que estão recebendo combustível devem ter apoio da polícia, porque segundo ele, há relatos de brigas, principalmente de pessoas que furam a fila. Contudo, ele ressaltou que é preciso "ter muita paciência".
Ele afirmou também que recebeu informações de que proprietários de postos de gasolina na capital têm sido ameaçados por telefone quando tentam receber e vender o combustível. "Tem gente ameaçando botar fogo no posto. É quase uma guerra", lamenta Gouveia.
O presidente do Sincopetro destacou que, quando a greve acabar de fato, a população deve esperar em média 10 dias para normalizar a situação do abastecimento de combustível.
"Nos primeiros três dias ainda se formarão longas filas, mas aos poucos a população vai se tranquilizar e ver que não terá mais a necessidade de correr para abastecer o veículo. Os postos devem levar sete dias para recuperar os estoques", disse Gouveia.