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"Combinei com Alckmin de fazer prévias em março", afirma Virgílio

O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, disse que fechou o acordo com o governador na noite desta sexta-feira, 8

Virgílio: prévias são início do processo de escolha do candidato do PSDB à Presidência da República em 2018 (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

Virgílio: prévias são início do processo de escolha do candidato do PSDB à Presidência da República em 2018 (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de dezembro de 2017 às 12h16.

Brasília - O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, disse que fechou na noite desta sexta-feira, 8, um acordo com o governador Geraldo Alckmin (SP) para a realizar em março as prévias para a escolha do candidato do PSDB à Presidência da República em 2018. O acerto, segundo ele, foi feito após uma reunião tensa com a cúpula tucana no gabinete do senador Roberto Rocha (AC).

"Não vou desistir. Disse isso com clareza na reunião. Estava indo tudo bem na conversa até que chegou o senador Flexa Ribeiro (PA). Fui bastante rígido com ele, que atravessou o samba. Eu disse: "Muito me admira que você, um senador do norte do Brasil, venha me pedir para desistir. O Pará inteiro me apoia", disse Virgílio neste sábado, 9.

Além de Alckmin, também participaram da reunião, que começou às 18h de sexta e entrou pela madrugada, os senadores Tasso Jereissati (CE) e Roberto Rocha (AC). O acordo, porém, foi fechado após Alckmin se reunir em outra sala apenas com Virgílio.

"Acertamos que as prévias serão irrestritas, mas terão uma linha de corte: poderá votar quem tiver pelo menos um ano de partido. Faremos dez comícios cada um nas dez maiores cidades brasileiras. Vamos expor as entranhas do partido", afirmou o prefeito de Manaus.

Virgílio e Alckmin também combinaram de dividir de forma igualitária os recursos do Fundo Partidário para as prévias. "Combinamos que vamos trabalhar no estilo Obama/Hillary. Faremos críticas duras, mas sem ataques pessoais", disse Virgílio.

O prefeito revelou, ainda, que, apesar do acordo, fará um discurso enérgico na convenção deste sábado. "Vai ser um discurso duro. Vou dizer que é uma aberração não liderarmos esse processo reformista. Vou dizer também que não concordei com a eleição dele (Alckmin) para presidente do partido", finalizou.

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