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Comandante Moisés (PSL-SC): o outsider mais outsider do Brasil

Num estado que deu a Bolsonaro 66% das intenções de voto, a disputa no segundo turno é para mostrar quem é mais próximo do capitão

COMANDANTE MOISÉS: Assim como Zema e Witzel, candidato chegou ao segundo turno graças a uma surpreendente arrancada na reta final do primeiro turno (Facebook/Reprodução)

COMANDANTE MOISÉS: Assim como Zema e Witzel, candidato chegou ao segundo turno graças a uma surpreendente arrancada na reta final do primeiro turno (Facebook/Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2018 às 06h28.

Última atualização em 9 de outubro de 2018 às 11h10.

As redes sociais transformaram a campanha eleitoral de 2018 e permitiram a ascensão de outsiders em todas as esferas, a começar por Jair Bolsonaro (PSL), que fez 46% dos votos com apenas 8 segundos na televisão. Ainda assim, há outsiders e outsiders. Em Minas Gerais, o empresário Romeu Zema (Novo), dono de uma das maiores redes varejistas do estado, foi a surpresa do primeiro turno. No Rio, a novidade foi o juiz Wilson Witzel (PSC), relativamente conhecido em âmbito estadual. Pois Santa Catarina colocou no segundo turno um verdadeiro desconhecido.

Trata-se do coronel da reserva do Corpo de Bombeiros Carlos Moisés da Silva, o Comandante Moisés (PSL). Assim como Zema e Witzel, ele chegou ao segundo turno graças a uma espetacular arrancada na reta final do primeiro turno na avalanche bolsonarista. Passou o primeiro turno inteiro lá embaixo nas pesquisas e, nos últimos levantamentos, fez 9% das intenções de voto. “Na fila para votar muita gente não me conhecia”, disse nessa segunda-feira à rede NSC.

A seu favor, Moisés é do partido de Bolsonaro, e não apenas escolheu apoiar o capitão reformado em busca de votos. Ele tem 51 anos e atuou por mais de 30 no Corpo de Bombeiro, a maior parte deles como comandante de quartel. Filiou-se ao PSL há poucos meses, no início com objetivo de ser tesoureiro do partido. Acabou virando candidato. Como tinha pouco tempo de TV, fez campanha pela internet, com foco no combate ao crime e na contratação de mais policiais.

Também falou do enxugamento da máquina pública, uma bandeira de seu adversário, o deputado federal Gelson Merísio (PSD), que prometeu cortar 1.200 cargos comissionados nos primeiros meses de mandato. Merísio também foi impulsionado após declarar apoio a Bolsonaro, num movimento que rachou sua base de apoio.

Num estado que deu a Bolsonaro 66% das intenções de voto, a disputa nas próximas três semanas é para mostrar quem é mais próximo do capitão. Moisés conseguiu isso, no primeiro turno, com transmissões divulgadas três vezes por semana na internet. Agora, terá metade do horário eleitoral no rádio e na televisão.

Merísio, aliado do ex-governador Raimundo Colombo, terá a máquina da política tradicional. No primeiro turno, ele liderou com 31% das intenções de voto, ante 30% do comandante do Corpo de Bombeiros.

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