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Comandante diz que operação durante julgamento do Lula teve êxito

De acordo com o comandante, 2.200 militares da Brigada Militar e 142 agentes da Força Nacional trabalharam no caso

Tribunal Regional Federal: O comandante destacou que não foi feito nenhum registro relacionado ao julgamento (Divulgação/Divulgação)

Tribunal Regional Federal: O comandante destacou que não foi feito nenhum registro relacionado ao julgamento (Divulgação/Divulgação)

AB

Agência Brasil

Publicado em 25 de janeiro de 2018 às 14h48.

Última atualização em 25 de janeiro de 2018 às 14h48.

O comandante-geral da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, coronel Andreis Silvio Dal'Lago, avaliou como exitosa a "Operação Julgamento", deflagrada para acompanhar a análise do recurso da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Ele atribui o sucesso à integração entre os órgãos municipais, estaduais e federais e ao diálogo com os movimentos sociais.

"Foi uma operação extremamente exitosa para a democracia brasileira. Tivemos duas questões fundamentais que colaboraram muito para o êxito. A primeira foi a constituição do Gabinete de Gestão Integrada Estadual, onde todos os órgãos da esfera federal, estadual e municipal estavam juntos. Um segundo ponto muito positivo foi a mediação entre os órgãos de segurança e todos os movimentos sociais na semana anterior, onde foi feito um acordo extrajudicial e se estabeleceu em conjunto, em uma negociação tranquila, todo um protocolo, incluindo local de acampamento e deslocamentos. Destaco que tudo o que foi acordado com os movimentos foi rigorosamente cumprido."

De acordo com o comandante, 2.200 militares da Brigada Militar e 142 agentes da Força Nacional trabalharam no caso. Também reforçaram a segurança representantes das polícias Federal e Rodoviária Federal, da Agência Brasileira de Inteligência e de outros órgãos.

O comandante destacou que não foi feito nenhum registro relacionado ao julgamento, mas os militares atuaram em um caso: 22 pessoas colocaram fogo em pneus e foram detidas. Segundo o coronel, os envolvidos não tinham ligação com nenhum movimento, nem favorável nem contrário ao ex-presidente.

Questionado sobre os custos da operação, que envolveu uma série de militares de outras cidades, além de aeronaves, cavalaria e embarcações, Dal'Lago respondeu: "a Secretaria de Segurança Pública ainda está trabalhando para levantar todos os custos, mas digo que foi o custo da democracia, da tranquilidade pública, de uma operação complexa, sem ninguém ferido. Acredito que, no que diz respeito a resultado, foi extremamente barato para a sociedade gaúcha. Friso que, no evento de ontem, as forças de segurança e o estado do Rio Grande do Sul deram um exemplo de cidadania e democracia para o Brasil e até para a América Latina neste momento em que vivemos".

Ao rebater críticas da população, de que em dias normais falta policiamento frente ao que foi visto no julgamento, o coronel disse que a operação foi adequada para a dimensão do fato e que há outras operações paralelas que continuaram no estado. Ele informou que, a partir de hoje, muitos militares voltam aos locais de origem e que até domingo (28), quando será encerrada a operação, todos estarão de volta.

Porto Alegre voltou à normalidade um dia após o julgamento. Os locais onde manifestantes favoráveis e contrários a Lula se reuniram já foram desocupados, e as vias que foram interditadas ontem estão liberadas. O expediente no Tribunal Regional Federal da 4ª Região também voltou hoje ao normal.

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