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Com viagens de Temer, Maia e Eunício, Cármen assumirá presidência

Candidatos nas eleições deste ano, Maia e Eunício ficariam, pela lei, inelegíveis se assumissem a Presidência mesmo que por poucas horas

Cármen Lúcia: ministra é a terceira na linha de sucessão - com a falta de um vice-presidente - e assumirá pela primeira vez o cargo (Antônio Cruz/Agência Brasil/Agência Brasil)

Cármen Lúcia: ministra é a terceira na linha de sucessão - com a falta de um vice-presidente - e assumirá pela primeira vez o cargo (Antônio Cruz/Agência Brasil/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 9 de abril de 2018 às 18h59.

Última atualização em 9 de abril de 2018 às 19h00.

Brasília - A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, assumirá a Presidência da República por pouco mais de 24 horas, ao final desta semana, com a viagem do presidente Michel Temer para a Cúpula das Américas, e de viagens dos segundo e terceiro na linha de sucessão, os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE).

"Na sexta-feira teremos uma presidente mulher no país", disse o vice-líder do governo na Câmara, Darcísio Perondi, ao sair de uma reunião no Planalto nesta segunda-feira.

Cármen é a terceira na linha de sucessão - com a falta de um vice-presidente - e assumirá pela primeira vez o cargo. Candidatos nas eleições deste ano, Maia e Eunício ficariam, pela lei, inelegíveis se assumissem a Presidência mesmo que por poucas horas. Maia é, por enquanto, pré-candidato à Presidência, e Eunício quer se reeleger ao Senado.

Para evitarem assumir o cargo, ambos programaram viagens para o mesmo dia, já que, pela lei, não basta declinar de assumir a Presidência. Rodrigo Maia irá para o Panamá na quinta-feira, voltando no Domingo, e Eunício, para o Japão, onde viaja na sexta e volta no dia 22 de abril.

Outra alternativa seria que ambos pedissem licença dos cargos por alguns dias. Essa foi a estratégia usada pelos então presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves (MDB-RN), e do Senado Renan Calheiros (MDB-AL), nas eleições de 2014. Ambos eram candidatos e se licenciaram dos cargos quando a ex-presidente Dilma Rousseff foi aos Estados Unidos, e o então vice, Michel Temer, tinha uma viagem ao Uruguai.

Na ocasião, o presidente do STF era Ricardo Lewandowski, que assumiu o cargo por dois dias.

Temer viaja para Lima, onde participará da Cúpula das Américas, na sexta pela manhã, e deve estar de volta ao Brasil na noite de sábado.

 

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