EACH USP: unidade foi criada com uma proposta nova, sem divisão de departamentos, para que os professores pudessem atuar em mais de um curso (LottusF1/Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)
Estadão Conteúdo
Publicado em 28 de novembro de 2017 às 09h25.
São Paulo - A crise na Universidade de São Paulo (USP) fez piorar o problema da falta de professores que já existia na Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH).
A unidade, criada em 2005 na zona leste da capital paulista, hoje tem o maior número de temporários da instituição. São 20 docentes, de um total de 281, segundo dados do Portal da Transparência.
O que parece muito é, na verdade, pouco para a EACH. No começo de 2017 havia 30 temporários. Muitos deles saíram no meio do curso, antes de terminar o contrato.
"Se aparece um concurso definitivo em algum lugar, eles vão embora. Tivemos de fazer remanejamentos, deixar de oferecer disciplinas eletivas, juntar turmas", diz a vice-diretora da EACH, Neli Aparecida de Mello Théry.
A unidade foi criada com uma proposta nova, sem divisão de departamentos, para que os professores pudessem atuar em mais de um curso.
Mas, ao longo dos anos, o número de alunos aumentou, foram criados 11 programas de pós-graduação, e a quantidade de professores tornou-se insuficiente. Segundo Neli, a unidade precisa de 80 novos docentes.
O curso de Obstetrícia, que registra uma das mais altas taxas de temporários (25%), tem um problema a mais.
Pela legislação, cada professor só pode ser responsável por cinco alunos em estágios obrigatórios, o que aumenta muito a necessidade de docentes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.