Câmeras corporais: novo edital da SSP/SP demonstra mudanças no sistema de monitoramento (Ravana Rosa / Agência Brasil)
Repórter
Publicado em 23 de maio de 2024 às 12h22.
Última atualização em 23 de maio de 2024 às 13h17.
Um edital para uma nova compra das chamadas Câmeras Operacionais Portáteis (COPs) foi divulgado na quarta-feira, 22, pelo governo do estado de São Paulo. Segundo o documento, o número de equipamentos usados pelos agentes da Polícia Militar (PM) passará de 10.125 para 12 mil, um acréscimo de 18%.
Além desse aumento, outra mudança está na forma como esses equipamentos funcionam. Até o momento, as câmeras acopladas nas fardas gravam de forma initerrupta a rotina de trabalho dos policiais em serviço. Agora, elas precisaram ser acionadas manualmente para começar a funcionar.
Na tentativa de mitigar um possível não acionamento da câmera por algum agente, agora elas poderão ser acionadas remotamente pelo Centro de Operações da Polícia Militar (Copom). Em nota enviada à imprensa, a Secretaria de Segurança Pública (SSP/SP) explicou que o novo sistema é uma alternativa para otimizar o armazenamento das imagens e que a decisão foi tomada a partir de estudos técnicos e análise do uso da tecnologia.
"As avaliações apontaram a maior incidência de problemas de autonomia de bateria nos equipamentos de gravação ininterrupta, bem como a elevação dos custos de armazenamento, vez que parte expressiva do material captado não é aproveitada. Tais condições inviabilizavam a expansão do sistema", disse a SSP/SP, que também relatou a possibilidade de a câmera ser ligada a distância, por responsáveis do Copom.
A Secretaria ainda pontuou que todas as imagens captadas ficarão armazenadas em um data center da Polícia Militar por tempo indeterminado.
Outra exigência apresentada no edital é que a nova tecnologia seja capaz de fazer reconhecimento facial e seja capaz de se integrar ao programa de segurança Muralha Paulista, para que possa realizar o reconhecimento de foragidos e identificar veículos roubados ou furtados por meio da leitura da placa.
O edital lançado nesta quarta-feira (22) foi estruturado a partir de estudos técnicos e da análise da experiência do uso da tecnologia por forças de segurança em outros países. As avaliações apontaram a maior incidência de problemas de autonomia de bateria nos equipamentos de gravação ininterrupta, bem como a elevação dos custos de armazenamento, vez que parte expressiva do material captado não é aproveitada. Tais condições inviabilizavam a expansão do sistema.