Conta de luz: o ministro Eduardo Braga anunciou que, a partir de 1º de abril, as contas de luz de todo o País trarão a bandeira verde (Marcos Santos/USP Imagens)
Da Redação
Publicado em 1 de março de 2016 às 12h21.
São Paulo - A partir desta terça-feira, 1º, as contas de luz dos brasileiros ficam mais baratas. O motivo é a mudança da bandeira tarifária, que deixa de ser vermelha para ficar amarela, conforme previsto pelo Ministério de Minas e Energia.
Com isso, o acréscimo a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos passa de R$ 3 para R$ 1,50.
Desde janeiro de 2015, as faturas de energia elétrica sinalizam ao consumidor quando o fornecimento é mais caro e, desde então, essa é a primeira vez que a bandeira deixa de ser vermelha.
A sinalização adotada utiliza três cores: vermelha, quando o acréscimo é de R$ 3,00 a cada 100 kWh na primeira faixa, e de R$ 4,50 na segunda; amarela, que acrescenta R$ 1,50; e verde, que indica a ausência da cobrança extra.
Sinal verde
Em fevereiro deste ano, o ministro Eduardo Braga anunciou que, a partir de 1º de abril, as contas de luz de todo o País trarão a bandeira verde, o que significa que a cobrança extra pelo uso de energia termelétrica vai acabar.
Com isso, os consumidores terão uma redução média de 6% a 6,5% na conta de luz, disse o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino.
Chuvas
O aumento de chuvas em 2015 melhorou o volume dos reservatórios das hidrelétricas e o governo decidiu desligar mais 15 usinas térmicas no início deste mês.
Sem esses empreendimentos, será possível poupar cerca de R$ 8 bilhões por ano, já que a energia gerada pelas usinas térmicas é mais cara.
"A evolução positiva do período úmido de 2016, que recompõe os reservatórios das hidrelétricas, aliada a aumento de energia disponível, redução de demanda e adição de novas usinas ao sistema elétrico brasileiro, possibilitou a mudança das bandeiras tarifárias nos últimos meses", publicou a Aneel.
Alerta
Braga afirmou, porém, que a cobrança das bandeiras na conta de luz poderá voltar "se houver um desastre".
"A razão de termos esse regime é termos flexibilidade para administrar melhor o custo para a tarifa. Essa gestão continua sendo feita mensalmente", disse o ministro no final do mês passado.