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Com MST, Lula propõe 'restaurar a democracia'

"Não é um partido, não é uma frente, é um movimento para restaurar a democracia", disse o ex-presidente

Lula: o ex-presidente sugeriu que pode haver influências externas na guinada da política nacional (.)

Lula: o ex-presidente sugeriu que pode haver influências externas na guinada da política nacional (.)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de novembro de 2016 às 09h40.

Guararema -- O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou a presença de lideranças dos mais diversos setores da esquerda no ato em solidariedade ao Movimento dos Sem Terra, ontem, em Guararema (SP), para propor um amplo movimento nacional para "restaurar a democracia".

"Estamos na hora de costurar uma coisa maior, mais sólida. Não é um partido, não é uma frente, é um movimento para restaurar a democracia. A gente precisa construir alguma coisa para unificar", disse Lula.

O ato reuniu centenas de pessoas na Escola Nacional Florestan Fernandes, voltada para a formação de militantes, que foi alvo de operação da Polícia Civil, na véspera. Estavam presentes representantes do PT, PCdoB, PSOL e PSTU, além de movimentos sociais e sindicais.

Quase todos os oradores vincularam a ação policial na escola do MST e outros atos de violência policial ocorridos nos últimos meses pelo Brasil ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e à agenda do governo Michel Temer.

Lula sugeriu que pode haver influências externas na guinada da política nacional. "Tem muita coisa que está acontecendo que não é da cabeça do Temer nem do Eduardo Cunha (deputado cassado). Tem muito mais cabeças se metendo, como se meteram na Argentina, Uruguai e Bolívia", afirmou o petista que, na sequência, citou tentativas do governo dos EUA de interferir em suas ações de governo.

Mensagem

Dilma enviou uma mensagem aos sem-terra na qual fala em "estado de exceção". "O atropelo das regras do Estado de Direito, com a adoção de claras medidas de exceção, deve ser combatido", escreveu ela.

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