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Com Marçal mais "comedido" e críticas a Nunes, candidatos focam em propostas em debate do SBT

Encontro teve apenas seis pedidos de direito de resposta, e apenas três foram concedidos, diferentemente dos mais de 20 observados nos debates anteriores

 (Lourival Ribeiro e Rogerio Pallatta/SBT/Divulgação)

(Lourival Ribeiro e Rogerio Pallatta/SBT/Divulgação)

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 20 de setembro de 2024 às 13h38.

Última atualização em 20 de setembro de 2024 às 15h06.

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O debate realizado pelo SBT, em parceria com o portal Terra e a Rádio Nova Brasil, nesta sexta-feira, 20, teve um clima mais ameno, com provocações e xingamentos dando espaço para a discussão de propostas.

Naturalmente, críticas entre os candidatos ocorreram, mas em menor escala do que nos primeiros encontros da corrida eleitoral em São Paulo. Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito, foi um dos mais criticados.

O encontro teve apenas seis pedidos de direito de resposta, e apenas três foram concedidos, diferentemente dos mais de 20 observados nos debates anteriores.

O formato e as regras, que proibiram xingamentos e apelidos jocosos — além do duro recado inicial do mediador, o jornalista César Filho —, aos candidatos, contribuíram para que o debate fosse o mais tranquilo desde a famosa "cadeirada" do apresentador José Luiz Datena (PSDB) no influenciador Pablo Marçal (PRTB) no debate da TV Cultura.

Marçal, um dos candidatos que mais atacava os adversários, afirmou que pretende adotar uma nova postura a partir de agora. Segundo o ex-coach, a campanha "começa agora", e ele já mostrou a sua "pior versão" para a população. Agora, ele deseja provar que tem postura de governante.

O principal tema usado por Marçal para criticar os adversários foi o fundo eleitoral, verba pública destinada ao financiamento de campanhas.

Apesar disso, Marçal chamou Nunes de "tchutchuca do PCC" no final do debate, no único xingamento observado.

1º bloco: críticas à gestão Nunes e apresentação de propostas

No primeiro bloco, os candidatos fizeram perguntas uns aos outros, sobre temas sorteados ao vivo pelo mediador. Segurança, saúde, educação, zeladoria, questão climática e mobilidade estiveram entre os principais tópicos abordados.

No geral, os adversários criticaram a gestão de Nunes e apresentaram soluções para esses temas. O deputado Guilherme Boulos (PSOL) e Datena, na primeira pergunta, destacaram que pretendem adotar políticas para inibir a violência contra a mulher e criticaram a falta de segurança na cidade.

O atual prefeito, quando teve a oportunidade de responder ou fazer perguntas, defendeu sua gestão, valorizando as obras realizadas e prometendo realizar ainda mais.

Em um dos momentos mais intensos do bloco, a deputada Tabata Amaral (PSB) perguntou a Marçal sobre educação. O influenciador propôs a criação de escolas olímpicas, educação financeira nas escolas e iniciativas para preparar os jovens para as profissões do futuro.

Na réplica, Tabata disse que as propostas de Marçal eram como o "jogo do tigrinho, promessas fáceis que não vão mudar a vida das pessoas". Na tréplica, o influenciador afirmou que a deputada "baixou o nível do debate".

Marina Helena (NOVO) evitou criticar Nunes quando fez a pergunta para o atual prefeito e fez uma dobradinha com o emedebista para criticar Boulos. A candidata do Novo falou sobre a rejeição do prefeito de Belém, que é do mesmo partido do deputado federal, e disse que a "companheirada" inflam a máquina pública.

Nunes reafirmou as críticas a Boulos e disse que sua gestão é marcada pela eficiência.

O segundo bloco, quando os jornalistas fizeram perguntas aos candidatos, começou com um embate entre Guilherme Boulos e Marina Helena. Questionado sobre sua relação com a polícia, devido à sua atuação em um movimento social que promoveu invasões de propriedades, o deputado afirmou que isso é uma mentira e que o MTST luta pelo direito à moradia. Sobre segurança, Boulos reafirmou que irá valorizar as guardas municipais, aumentando o efetivo.

Ao comentar a resposta de Boulos, Marina relembrou o passado do candidato do PSOL no movimento sem-teto e perguntou por que ele "gosta de defender bandido". Boulos, em sua resposta, evitou confrontar Marina diretamente e falou sobre os problemas na área da saúde em São Paulo, apresentando suas propostas.

Outro momento de destaque no bloco foi o embate entre Ricardo Nunes e Boulos, quando o atual prefeito foi questionado sobre o aumento das mortes no trânsito na cidade. Nunes disse que proibiu a implantação de radares sem estudo técnico, mas destacou que criou a faixa azul e implementou o semáforo inteligente.

No seu comentário, Boulos reconheceu a importância da educação no trânsito, mas preferiu usar seu tempo para falar sobre os posicionamentos de Nunes, como a fala do prefeito sobre a obrigatoriedade da vacinação.

Nunes criticou Boulos por mudar o tema e afirmou que foi ele quem fez de São Paulo a "capital mundial da vacina".

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