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Com Lula e Alckmin, PT e PSB travarão embates em pelo menos metade das capitais; saiba quais

Alianças colocam siglas em campos opostos nas principais cidades do país; confrontos diretos mais relevantes serão em municípios paulistas

 (Presidência da República/Divulgação)

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Agência o Globo
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Publicado em 30 de julho de 2024 às 08h22.

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Apesar da aliança vitoriosa na eleição presidencial de 2022, os partidos do presidente Luiz Inácio Lula
da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin estarão em lados opostos em importantes disputas municipais em outubro. PT e PSB vão se enfrentar, por exemplo, em ao menos 13 capitais. O confronto se dará também em cidades grandes do estado de São Paulo, como Santo André, Santos, Campinas e Ribeirão Preto.

O número pode mudar até 5 de agosto, data final para a realização de convenções. Em alguns locais, ainda há pressões para a retirada de chapas ou negociações em andamento.

O principal confronto entre PT e PSB se dará mesmo em São Paulo. Embora os petistas não tenham lançado candidato na capital paulista, o partido vai se empenhar pela vitória de Guilherme Boulos (PSOL), inclusive com recursos. O PSB, por sua vez, tem em Tabata Amaral uma de suas prioridades nas eleições municipais deste ano.

Assim como Lula será um cabo eleitoral ativo de Boulos, Alckmin deve ser de Tabata. Além de ter participado da convenção da candidata, o vice deve gravar participação para o horário eleitoral e pode fazer atividades de rua.

Oposição indireta

Nas capitais, o confronto não será direto entre os partidos; eles estarão em lados opostos por causa de alianças firmadas. Em contrapartida, o PT vai apoiar candidatos do PSB em três delas: Recife, São Luís e Curitiba. Já petistas receberão o apoio da legenda do vice-presidente em Natal, Fortaleza, Teresina e Goiânia. Em Porto Alegre e em Florianópolis, a direção nacional do PSB também considera certo que haverá união com candidatos do PT, apesar desses acordos ainda não estarem firmados.

Se as alianças com os petistas nas duas cidades do Sul for consolidada, o PSB irá apenas igualar o número de apoios dados a candidatos do partido de Lula com os firmados com nomes do MDB em capitais: seis para cada lado.

Os confrontos diretos que não acontecerão nas capitais estarão presentes nas cidades de São Paulo, estado de Lula e Alckmin. Em Santo André, na região do ABC, o candidato do PSB, Eduardo Leite, contou com a presença de Alckmin, em sua convenção realizada no sábado.

A disputa é vista como a mais importante do estado para o partido do vice, depois da capital. Houve uma tentativa de composição com o PT, mas o partido de Lula, que já governou a cidade por 20 anos, decidiu lançar Bete Siraque.

A situação é a mesma de Franca, na região nordeste do estado. Alckmin estará na cidade no dia 3 para dar apoio ao ex-deputado Marco Aurélio Ubiali, candidato do PSB. Já o PT lançou Mariana Negri para disputar a prefeitura local. Também haverá confronto entre as legendas em São José do Rio Preto com Valdomiro Lopes (PSB) e Marco Rillo (PT).

Os dois partidos estarão ainda em campos opostos em Campinas, Santos e Ribeirão Preto. O PT terá candidatura própria nas três cidades e o PSB vai apoiar nomes do Republicanos nas duas primeiras e do PSD na terceira.

Em um gesto a Lula, Alckmin se comprometeu, porém, a ajudar candidaturas do PT em Araraquara, única grande cidade do interior paulista comandada pelo partido, e em São Bernardo do Campo, município do ABC onde o petista iniciou a sua carreira política como presidente do sindicato dos metalúrgicos.

Na semana passada, o vice-presidente esteve na convenção em que Luiz Fernando Teixeira foi oficializado candidato do PT em São Bernardo. O petista tem na vice William Dib, do PSB. Em Araraquara, o atual prefeito, Edinho Silva, lançou a ex-secretária de Saúde Eliana Honain.

Em Pindamonhangaba, sua cidade natal, Alckmin também resolveu apoiar um petista. O vice-presidente, inclusive, já gravou um vídeo ao lado do sindicalista Herivelto dos Santos Moraes, conhecido como Vela.

"Nós nunca apoiamos tantos candidatos do PT como nesta eleição. Estamos com o PT em mais de 120 cidades", diz o presidente do PSB, Carlos Siqueira, para quem a chapa Lula-Alckmin impulsionou as alianças.

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