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Com Bolsonaro, ato em SP pede impeachment de Moraes e anistia aos condenados em 8 de janeiro

Em seu discurso, Bolsonaro chamou Moraes de ditador e pediu ao Senado que coloque um “freio” no ministro

Publicado em 7 de setembro de 2024 às 15h42.

Última atualização em 7 de setembro de 2024 às 16h51.

Em ato em São Paulo, na Avenida Paulista, políticos e manifestantes pedem o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e anistia aos presos pela tentativa de golpe em 8 de janeiro. A defesa de Elon Musk é outro mote do protesto organizado por líderes da direita.

Gripado, o ex-presidente Jair Bolsonaro participa do ato ao lado de Silas Malafaia e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em caminhão contratado pelo pastor. Ao todo, quatro trios foram montados na avenida. O prefeito de São Paulo e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB) vestiu camiseta amarela e também subiu no carro. O seu principal opositor na preferência do eleitorado bolsonarista, o ex-coach Pablo Marçal (PRTB), publicou vídeos chegando no aeroporto de Guarulhos e na manifestação.

Em seu discurso, Bolsonaro chamou Moraes de ditador e pediu ao Senado que coloque um “freio” no ministro.

“Espero que o Senado Federal bote um freio no Alexandre de Moraes, esse ditador que faz mais mal ao Brasil que o próprio Luiz Inácio Lula da Silva”, afirmou.

O ex-presidente ainda criticou o julgamento que levou à sua inelegibilidade, chamou os atos antidemocráticos do 8 de janeiro de “armação” e pediu a anistia aos apoiadores presos. 

“Eles, para evitar que eu tivesse chance de voltar, decretaram a minha inelegibilidade. Uma das razões foi porque me reuni com embaixadores. Eu não me reuni com traficantes no Morro do Alemão, como o Lula fez. Esses inquéritos, que dali derivam outros, em cima de ditas petições, deram amplos poderes a Alexandre de Moraes, que escolheu seus alvos, incluindo meu filho Eduardo Bolsonaro. Isso foi ratificado nos áudios vazados na operação conhecida como Lava Toga”, afirmou Bolsonaro para seus apoiadores na paulista.

Vestidos de verde e amarelo, os manifestantes erguem cartazes contra Moraes e em defesa do bilionário Elon Musk, dono do X. Ao marcar o anúncio do ato, Malafia chamou a manifestação de uma “festa da democracia” para pedir o impechament de “um ditador”.

Com uma camiseta preta com um X e a frase “free speech” (“liberdades de expressão”, em inglês), o deputado Eduardo Bolsonaro foi o primeiro a falar. Ele chamou Moraes de “psicopata” e disse que a liberdade de expressão no país está sob ameaça:

"Prezado presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, preste atenção nas minhas palavras: nós preferimos as lágrimas da derrota do que a vergonha de não ter lutado. Diante disso, eu convoco todos vocês, em especial os parlamentares aqui presentes e todos aqueles que estão nos assistindo para se posicionarem a favor de quatro bandeiras", afirmou o deputado, que terminou sua fala em inglês.

Nas "bandeiras" defendidas, Eduardo Bolsonaro citou o fim "das perseguições políticas", anistia para todos os presos na tentativa de golpe do 8 de janeiro, o encerramento dos inquéritos sobre desinformação e o impeachemnt do Alexandre de Moraes.

Ao lado de Bolsonaro, no caminhão-palanque, estavam os senadores Magno Malta (PL-ES) e Marcos Rogério (PL-RO), os ex-ministros Ricardo Salles e Marcos Pontes e a deputada federal Bia Kicis (PL-DF).

Acompanhe tudo sobre:Jair BolsonaroSupremo Tribunal Federal (STF)

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