Brasil

Collor diz que impedirá vazamentos da CPMI para imprensa

O senador acusou setores da mídia de produzirem "notícias falsas ou manipuladamente distorcidas"

"Precisamos estar vigilantes, alertas e cautelosos para todo tipo de manipulação a que recorrem os meios para instigar comportamentos, deformar opiniões e induzir resultados" (Antonio Cruz/ABr)

"Precisamos estar vigilantes, alertas e cautelosos para todo tipo de manipulação a que recorrem os meios para instigar comportamentos, deformar opiniões e induzir resultados" (Antonio Cruz/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2012 às 14h27.

Brasília – Como integrante da comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) destinada a investigar as ligações do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com políticos e empresas, o senador Fernando Collor (PTB-AL) assumiu um papel oposto ao que lhe foi atribuído há 20 anos. Alvo de investigação quando presidente da República, Collor enfrentou um traumático processo de impeachment. Preso desde fevereiro, Cachoeira é suspeito de envolvimento com corrupção e jogos ilícitos em Goiás.

Hoje (25), ao falar sobre como será sua atuação na CPMI, em um discurso eloquente, o senador demonstrou ainda guardar traumas do processo de impeachment que o tirou da Presidência. "É preciso não deixar que o colegiado torne-se instância fadada a servir de mero palco para a vileza política e um campo fértil de desrespeito aos direitos constitucionais dos homens públicos e de qualquer cidadão brasileiro”, observou o senador, disposto a atuar com o objetivo de impedir vazamentos de dados sigilosos.

Ele ainda demonstrou guardar mágoa em relação à atuação da imprensa na época em que sofreu o processo de impeachment. "Buscarei ainda, com a cooperação de meus pares, para que a agenda desta CPMI não seja pautada pelos meios e alguns de seus rabiscadores”, disse Collor, que acusou setores da mídia de produzirem "notícias falsas ou manipuladamente distorcidas".

"Não é admissível, em um país de livre acesso às informações e em um governo que se preza pela transparência pública, aceitar que alguns confrades, sob o argumento muitas vezes falacioso do sigilo da fonte, utilizem-se de informantes com os mais rasteiros métodos, visando ao furo de reportagem, mas, sobretudo, propiciar a obtenção de lucros, lucros e mais lucros a si próprios, aos veículos que lhes dão guarida e aos respectivos chefes que os alugam", protestou.

"Precisamos estar vigilantes, alertas e cautelosos para todo tipo de manipulação a que recorrem os meios para instigar comportamentos, deformar opiniões e induzir resultados", declarou.

Acompanhe tudo sobre:CorrupçãoDemocratas (DEM)EscândalosFernando Collor de MelloFraudesOposição políticaPartidos políticosPolíticaPolítica no BrasilPolíticos brasileirosPSDBPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Após 99, Uber volta a oferecer serviço de mototáxi em SP

Após prever reforma ministerial até dia 21, Rui Costa diz que Lula ainda começará conversas

Fuvest antecipa divulgação da lista de aprovados na 1ª chamada do vestibular para esta quarta

Governo Lula se preocupa com o tom usado por Trump, mas adota cautela e aguarda ações práticas