Maceió: velocidade de deslocamento do solo voltou a crescer. (Maira Erlich/Bloomberg /Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 9 de dezembro de 2023 às 11h13.
Última atualização em 9 de dezembro de 2023 às 11h15.
A Defesa Civil de Maceió emitiu na manhã deste sábado um alerta sobre o afundamento do solo da mina 18 da Braskem, cuja velocidade voltou a crescer. Ao todo, já foram 2,16 metros desde 30 de novembro, com velocidade de afundamento de 0,35 centímetro por hora, ou 8,6 cm por dia.
O órgão afirmou que permanece em alerta deivo ao risco de colapso da mina, e reforça o pedido para que a população não transite na área até uma nova atualização da Defesa Civil.
A região, que fica no bairro Mutange, à beira da lagoa Mundaú e próxima ao antigo Centro de Treinamento do Centro Sportivo Alagoano (CSA), clube de futebol local, vem sendo monitorada há anos e já havia sido desocupada por conta do risco de desabamento.
A situação era considerada "estável" até que em 30 de novembro deste ano, após novos tremores serem sentidos na região, a Defesa Civil decretou estado de emergência para um possível colapso.
O caso acontece porque a extração de sal-gema, um cloreto de sódio utilizado para produzir soda cáustica e policloreto de vinila (PVC), feita pela petroquímica Braskem até 2019, comprometeu o solo. Outros bairros também sofrem do problema e tiveram casas abandonadas pelo risco anos atrás, apesar de terem situação ainda considerada "estável" pela Defesa Civil.
A mina 18 é uma das 35 cavidades abertas pela Braskem em Maceió para a extração de sal-gema. Ela tinha 500 mil metros cúbicos, segundo a prefeitura. Não é possível prever, ainda, o tamanho da cratera que se formará com o possível colapso.
(Com informações do Estadão Conteúdo)