Marina Silva discursa durante encontro com profissionais da indústria criativa, em São Paulo (Paulo Whitaker/Reuters)
Da Redação
Publicado em 15 de setembro de 2014 às 20h30.
Brasília - Aliados da candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, ironizaram nesta sgeunda-feira, 15, a ameaça do líder sem-terra João Pedro Stédile de promover protestos diários em frente à Petrobras se a ex-senadora for eleita.
Para os auxiliares de Marina, os ataques demonstram desespero e ajudam a atrair o eleitorado que não aprova as ações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
"Se a Dilma ganhar, não vai ter protesto?", provocou o biólogo e ambientalista João Paulo Capobianco, braço direito de Marina. "Agora, além de calúnia, tem ameaça à democracia?", emendou o aliado.
O deputado Márcio França (PSB-SP), responsável pelo comitê financeiro da campanha de Marina, ironizou a ameaça e disse que vai colocar o deputado José Stédile (PSB-RS) para "cuidar" de seu irmão de João Pedro.
Para França, a ameaça colabora para que a imagem de Marina não seja associada ao movimento e demonstra que os adversários estão com medo de perder a sucessão.
"Entendo a situação deles, que vão ficar sem emprego. O PSDB perde (eleição) com altivez. Já o PT entra em desespero", comentou.
Nesta manhã, Stédile discursou no evento de campanha do PT em frente à Petrobras, no Rio de Janeiro. "Queremos que pare a terceirização, que parem os leilões. A 'dona Marina' que invente de colocar a mão na Petrobras, que voltaremos aqui todos os dias (em protesto)", declarou.