Olimpíadas de 2016: "Naturalmente estamos acompanhando muito de perto os eventos políticos vividos atualmente pelo país" (Agência Brasil / Marcelo Camargo)
Da Redação
Publicado em 21 de março de 2016 às 14h47.
A cinco meses dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, o Comitê Olímpico Internacional (COI) indicou nesta segunda-feira que acompanha "de muito perto os eventos políticos" no país, em plena crise institucional, mas garantiu que continua "muito confiante" na capacidade do país de organizar a competição.
"Naturalmente estamos acompanhando muito de perto os eventos políticos vividos atualmente pelo país a trabalhamos de maneira solidária com o comitê de organização", informou um porta-voz do COI em uma reação transmitida à AFP.
"Estamos muito confiantes de que através do esforço conjunto dos brasileiros e do movimento olímpico, o Brasil vai oferecer ao mundo Jogos Olímpicos excelentes, dos quais todo o país poderá se orgulhar", acrescentou.
O Brasil, a primeira economia latino-americana, anfitrião dos Jogos Olímpicos do Rio (de 5 a 21 de agosto) está paralisado por uma recessão histórica e pela crise política e jurídica causada pelo escândalo de corrupção na Petrobras.
Nesta segunda-feira, o governo lutava em duas frentes, numa comissão parlamentar que estuda o possível impeachment da presidente Dilma Rousseff, enquanto que seu antecessor e mentor, Lula, faz de tudo para se tornar ministro.
"O povo brasileiro entregará Jogos Olímpicos memoráveis, cheios da paixão pelo esporte que tornaram o país mundialmente famoso", considerou ainda o porta-voz do COI, para quem "os Jogos vão deixar um grande legado para o Rio de Janeiro e a todo país.
Além da crise política e econômica do país, o Brasil enfrenta uma epidemia do vírus de zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, que causa sintomas leves de tipo gripal (febre, dor de cabeça, dores no corpo).
Mas os organizadores dos Jogos, bem como a Organização Mundial da Saúde (OMS), tentam ser tranquilizadores. No final de fevereiro, Margaret Chan, diretora executiva da OMS, em visita ao Brasil, elogiou os esforços do governo para erradicar os mosquito.