São Paulo - O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) atingiu 62 0 pontos em janeiro, ante os 61,5 pontos de dezembro de 2010, informou hoje a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Com o resultado, o Icei retoma o patamar verificado em novembro de 2010. Além disso, o indicador está acima da média histórica, de 59,7 pontos.

No entanto, a CNI esperava um resultado um pouco mais positivo. "No início do ano, em que normalmente as expectativas positivas são mais elevadas, praticamente não alterou o otimismo do empresariado sobre o desempenho da economia brasileira, que se mantém estável há três meses", destacou a confederação, em documento sobre os resultados do Icei de janeiro de 2011.

O pouco entusiasmo da CNI pode ser justificado pela comparação do resultado de janeiro deste ano com o de igual período do ano passado. Embora tenha apresentado uma leve recuperação em relação a dezembro de 2010, o Icei de janeiro de 2011 caiu 6,7 pontos em relação ao índice de janeiro de 2010, quando atingiu 68,7 pontos.

O Icei varia em uma escala entre zero e 100 pontos. Valores acima de 50 indicam que os empresários estão confiantes. A pesquisa foi realizada entre os dias 3 e 20 de janeiro, em 1.893 empresas (1.053 pequenas, 582 de médio porte e 258 de grande porte).

Regiões

De acordo com a CNI, os empresários das regiões Nordeste e Centro-Oeste são os mais otimistas. Os industriais nordestinos apresentaram Icei de 65,2 pontos em janeiro e os do Centro-Oeste de 64,7 pontos. Os empresários industriais da região Sul apresentaram ICEI de 61,0 pontos, os do Sudeste registraram 60,5 pontos e os do Norte, 60,0 pontos.

Pelo porte das empresas, os grandes industriais são os mais otimistas, com Icei de 63,5 pontos. Em seguida aparecem os empresários de médio porte, com 61,4 pontos. Para a indústria de pequeno porte, o Icei de janeiro deste ano atingiu 60,6 pontos.

A CNI calcula também o índice de confiança de acordo com o ramo de atividade. O setor mais otimista é a indústria extrativa, com 65,2 pontos. O setor com Icei mais baixo em janeiro foi o de indústrias diversas, com 53,5 pontos.