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CNC: total de endividados cai para 58,3% em dezembro

Porcentual de famílias endividadas com ganho mensal de até dez salários mínimos recuou. Entre as famílias com renda acima de 10 salários mínimos o percentual aumentou

Segundo a pesquisa, o porcentual de consumidores que afirmam ter dívidas ou contas em atraso também recuou, passando de 24,8% para 23,5%

Segundo a pesquisa, o porcentual de consumidores que afirmam ter dívidas ou contas em atraso também recuou, passando de 24,8% para 23,5%

DR

Da Redação

Publicado em 21 de dezembro de 2010 às 14h33.

São Paulo - O total de consumidores endividados diminuiu em dezembro, segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC), de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) divulgada hoje. O levantamento ouviu 17.800 consumidores em todos os Estados e no Distrito Federal. O total de endividados recuou de 59,8% em novembro para 58,3% em dezembro. 

Segundo a pesquisa, o porcentual de consumidores que afirmam ter dívidas ou contas em atraso também recuou, passando de 24,8% para 23,5%. A parcela de endividados que informaram não ter condições para pagar suas dívidas também diminuiu no período, de 9% para 8,3% no período.

Para a CNC, houve uma injeção de recursos na economia com o pagamento do décimo terceiro salário, o que contribuiu para saldar dívidas. Além disso, houve uma manutenção no crescimento da renda e do emprego, o que continuou a elevar o poder aquisitivo dos consumidores.

No entanto, a entidade fez uma ressalva: ao se analisar os desempenhos trimestrais dos níveis de inadimplência, o saldo não é tão positivo. Do terceiro para o quatro trimestre, o total de consumidores pesquisados que se classificam como endividados saltou de 58,7% para 58,9%. Os consumidores entrevistados que afirmaram não ter condições de saldar dívidas também cresceu no período, de 8,9% para 9% - embora tenha ocorrido um recuo nos pesquisados que informaram ter dívidas ou contas em atraso, no período (de 24,1% para 23,9%).

Na pesquisa por faixas de renda, o porcentual de famílias endividadas com ganho mensal de até dez salários mínimos recuou de 62,2% para 60,6%, de novembro para dezembro. Já as famílias endividadas com renda acima de 10 salários mínimos aumentaram de 45,1% para 45,2%.

Cartão de crédito

A principal modalidade de dívida entre as famílias brasileiras continuou a ser o cartão de crédito em dezembro, na análise da CNC. Na pesquisa, 71,2% das famílias endividadas apontaram o cartão de crédito como um de seus principais tipos de dívida.

Na análise por faixas de renda, o cartão de crédito representou o principal débito entre famílias com ganhos até 10 salários mínimos mensais, sendo citado por 71,5% do total de famílias endividadas nesta faixa de renda. Nos consumidores com ganhos mensais acima de 10 salários mínimos, o porcentual para esta resposta foi menor, de 68,6%.

Ainda segundo a CNC, entre as famílias endividadas, a segunda modalidade de dívida mais lembrada foram os carnês (21,9% dos consumidores endividados pesquisados); seguida por financiamento de carro (9,8% dos consumidores endividados).

Intenção de consumo

A intenção de consumo das famílias brasileiras atingiu em dezembro nível recorde pelo terceiro mês consecutivo, de acordo com a CNC. Calculado dentro de uma escala que vai até 200 pontos (sendo que resultados acima de 100 são considerados positivos), o Índice de Intenção de Consumo das Famílias subiu 3,1% de novembro para dezembro, saltando de 139,1 pontos para 143,4 pontos no período. Na análise da CNC, o resultado comprova que 2010 será o ano de maior crescimento nas vendas do varejo da década, superando a alta de 9,7% apurada em 2007.

Para a CNC, o desempenho reflete um cenário de crescente confiança das famílias brasileiras em relação ao consumo. Na avaliação da entidade, ocorre uma manutenção das condições favoráveis de emprego, renda e crédito. Todos os sete indicadores componentes do índice de intenção apresentaram crescimento de novembro para dezembro. O destaque ficou por conta dos crescimentos, de novembro para dezembro, apontados em nível de consumo atual (5,1%); perspectiva profissional (4,9%); e perspectiva favorável para aquisição de bens duráveis (3,1%).

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