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CNBB declara apoio a manifestantes

Na avaliação da CNBB, a movimentação “desperta para uma nova consciência” e atesta que “não é possível mais viver num país com tanta desigualdade”


	Dirigentes da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB): a CNBB critica a violência registrada nas manifestações e alerta que esse comportamento leva ao descrédito.
 (Valter Campanato/ABr)

Dirigentes da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB): a CNBB critica a violência registrada nas manifestações e alerta que esse comportamento leva ao descrédito. (Valter Campanato/ABr)

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Da Redação

Publicado em 21 de junho de 2013 às 16h44.

Brasília – A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou hoje (21) nota em que declara "solidariedade e apoio" às manifestações no país, desde que ocorram de forma pacífica. Na avaliação da CNBB, a movimentação “desperta para uma nova consciência” e atesta que “não é possível mais viver num país com tanta desigualdade”. A nota destaca também a demonstração de intolerância com a corrupção.

“As mobilizações questionam a todos nós e atestam que não é possível mais viver num país com tanta desigualdade. Sustentam-se na justa e necessária reivindicação de políticas públicas para todos. Gritam contra a corrupção, a impunidade e a falta de transparência na gestão pública”, diz o texto. A nota registra ainda que as manifestações recentes mostram que os brasileiros não estão dormindo em “berço esplêndido”.

A CNBB critica a violência registrada nas manifestações e alerta que esse comportamento leva ao descrédito. “Nada justifica a violência, a destruição do patrimônio público e privado, o desrespeito e a agressão a pessoas e instituições, o cerceamento à liberdade de ir e vir, de pensar e agir diferente, que devem ser repudiados com veemência”, registra.

A nota foi divulgada em entrevista coletiva na sede da CNBB. O presidente da entidade, cardeal Raymundo Damasceno Assis, que se reúne com a presidenta Dilma Rousseff na tarde de hoje, foi questionado por jornalistas se considera importante que a dirigente faça um pronunciamento oficial sobre a onda de manifestações. O cardeal respondeu que essa seria uma iniciativa positiva:"Imagino que ela deva dizer uma palavra ao país", disse.

Na manhã de hoje, a presidenta Dilma Rousseff e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, tiveram uma reunião em que avaliaram as manifestações. A onda de protestos no país fez a presidenta cancelar viagens ao Japão e a Salvador.

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