Graça Foster: ela manteve declarações já apresentadas no Congresso anteriormente (Antonio Cruz/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 27 de maio de 2014 às 15h54.
Brasília - A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, voltou a afirmar nesta terça-feira, 27, em seu depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) responsável por apurar denúncias de irregularidades na Petrobras, que a cláusula Put Option é comum, mas que ela era relevante porque "é importante saber o preço de saída do negócio da refinaria de Pasadena".
A Put Option obrigava a estatal a comprar a outra metade da refinaria em caso de desentendimento com a sócia belga Astra Oil, o que acabou acontecendo e gerou um prejuízo bilionário para a empresa brasileira.
Ela disse que o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró certamente fez outra avaliação sobre o tema.
Cerveró foi apontado como o responsável pela elaboração de um resumo executivo encaminhado ao conselho de administração da Petrobras, no qual não constavam a Put Option e outra cláusula, a Marlim, que garantia ganhos mínimos aos belgas mesmo se a refinaria não desse lucro.
Em seu depoimento na semana passada, o ex-diretor disse que o conhecimento das cláusulas não era determinante para a aprovação do negócio, razão pela qual não estavam no resumo.
Graça manteve declarações já apresentadas no Congresso anteriormente e disse que as cláusulas eram, sim, importantes.
Hoje, ela afirmou que, se conhecidas, é possível que a compra de metade de Pasadena não fosse autorizada pelo conselho.