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Citações na Lava Jato motivam CPI do BNDES, diz senador

Segundo Ronaldo Caiado, delatores teriam dito que o esquema da Petrobras é "café pequeno" se comparado ao banco


	BNDES: para o senador, a citação "genérica" ao BNDES nas delações são o suficiente para que os parlamentares investiguem
 (Vanderlei Almeida/AFP)

BNDES: para o senador, a citação "genérica" ao BNDES nas delações são o suficiente para que os parlamentares investiguem (Vanderlei Almeida/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2015 às 12h25.

São Paulo - O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) justifica sua intenção de instalar uma CPI para investigar o BNDES baseado em citações ao banco em depoimentos da Operação Lava Jato.

Segundo Caiado, delatores teriam dito que o esquema da Petrobras é "café pequeno" se comparado ao banco.

"Vários dos delatores da Lava Jato citaram que o escândalo da Petrobras era um fato menor diante do que estava acontecendo com o BNDES. Existe um fato que já foi denunciado, apesar de genérico. Caberá a nós apurar onde estão esses desvios", disse o senador ao Broadcast Político.

Caiado e a oposição tentam aproveitar o momento de fragilidade do governo da presidente Dilma Rousseff no Congresso Nacional.

A intenção do senador é trabalhar em mais de uma frente para conseguir "o maior número possível" de assinaturas e instalar a CPI no Senado Federal ou uma mista, com integrantes da Câmara e do Senado.

Ele destaca que as conversas com os parlamentares ainda estão no início, mas ele tem a expectativa de conseguir as assinaturas necessárias.

Para o senador, a citação "genérica" ao BNDES nas delações são o suficiente para que os parlamentares investiguem se houve irregularidades nos empréstimos concedidos pela instituição.

"Ninguém esperava que a Petrobras fosse a caixa-preta que é. O BNDES, pelo contrário, você vê, desde as empresas campeãs escolhidas pelo governo até os empréstimos internacionais que são feitos", diz o senador, citando repasses a Cuba, Venezuela e a países africanos.

"O tesouro já repassou R$ 400 bilhões, tudo pago por nós", complementa.

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