Ciro Gomes: "Tenho convicção de que o Exército, na figura de seu comandante, também respeitará a Justiça brasileira" (Adriano Machado/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 4 de abril de 2018 às 16h31.
São Paulo - A paz social e a recuperação da democracia brasileira passam pelo respeito à Constituição Federal, afirmou o ex-ministro da Fazenda e pré-candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes. "O respeito à Constituição brasileira é fundamental se desejarmos manter a civilidade, recuperar a democracia e garantirmos a paz", apontou Ciro em sua conta no Twitter.
A manifestação do presidenciável ocorre em meio a debates acalorados, decorrentes do posicionamento do comandante do Exército Brasileiro, General Eduardo Villas Bôas. Na terça-feira, 3, o militar afirmou que o Exército "se mantém atento às suas missões institucionais", além de declarar que "julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à Democracia". Houve interpretações divergentes sobre as declarações do general, que foram feitas na véspera do julgamento do pedido de habeas corpus ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo STF.
Para Ciro, tão importante quanto o respeito à Constituição é a "garantia de que as decisões do Supremo Tribunal Federal serão respeitadas e obedecidas". "Tenho convicção de que o Exército, na figura de seu comandante, também respeitará a Justiça brasileira. É hora de trabalharmos juntos pelo futuro, não aprofundarmos nossas diferenças", concluiu o pedetista.
Mais cedo, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pré-candidato ao Planalto pelo PSDB, comentou as declarações do general Villas Bôas: "Ele expressou um sentimento da sociedade. A sociedade não quer a impunidade porque ela estimula a atividade delituosa", disse. "Não foi um recado. Ele só expressou um sentimento de cidadão."
Já o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) "cumpra sua obrigação punindo os corruptos". Em mensagem no Twitter, ele defendeu manter o entendimento atual que permite a prisão de condenados em segunda instância. O tucano, que é pré-candidato ao governo de São Paulo, já defendeu publicamente a prisão do ex-presidente Lula.