Ciro Gomes (PDT). (Nacho Doce/Reuters)
Gilson Garrett Jr
Publicado em 23 de fevereiro de 2022 às 15h20.
O pré-candidato à presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, explicou, nesta quarta-feira, 23, suas principais ideias econômicas para atrair investimentos e garantir a responsabilidade fiscal. Entre as proposições que ele quer implementar caso seja eleito em outubro deste ano é a taxação de heranças.
“Vou tributar as heranças de forma progressiva. Se eu ganhar, eu ganho com essa ideia também. O tempo das reformas são nos seis primeiros meses de governo”, disse ele durante o CEO Conference, evento do BTG Pactual que teve início na terça, 22.
Ainda de acordo com o ex-governador do Ceará, não só ele, mas todos os candidatos deveriam assumir uma responsabilidade para dar sustentabilidade atemporal entre a dívida pública e receita. Além disso, ele tem uma receita para garantir que os investimentos públicos continuem, respeitando o teto de gastos.
“A austeridade fiscal é um tema central. No Ceará o investimento foi excluído do teto, com o dinheiro livre. Com isso, conseguimos ter o estado com o maior investimento per capita do Brasil”, afirmou.
Outra proposta passa por diminuir a renúncia fiscal. “A cesta básica no imaginário popular deveria ser imune a impostos, mas tem produtos como salmão, filé mignon e queijo suíço. Precisamos tirar esses itens para assim liberar 7 bilhões de reais”, disse.
Sobre um eventual segundo turno entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes disse que vai “fazer de tudo” para que este cenário não se concretize.
O CEO Conference reúne nos dias 22 e 23 de fevereiro os principais líderes empresariais, políticos e da sociedade civil do Brasil. Este ano, o principal objetivo da reunião é debater os desafios do país e as principais tendências em economia, política e tecnologia para 2022. O evento é organizado pelo BTG Pactual (do mesmo grupo que controla a EXAME).
Entre os participantes confirmados estão o presidente da República, Jair Bolsonaro, e os pré-candidatos João Doria (PSDB), governador do estado de São Paulo, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro (Podemos), e o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT).