Ciro Gomes: "Não é possível que tudo seja 'conspirata', que eles são santos", disse o pré-candidato sobre o PT (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 20 de fevereiro de 2018 às 13h17.
São Paulo - Apontado como um dos herdeiros dos votos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em caso de ausência do petista nas eleições deste ano, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) enfatizou nesta terça-feira, 20, que não buscará apoio do petista para sua candidatura ao Planalto. Anteriormente, Ciro havia defendido que, condenado, Lula não pode ser candidato neste ano.
Após participar de evento da Folha de S.Paulo na capital paulista, Ciro afirmou que está buscando formar uma aliança com PSB e PCdoB e que, embora não descarte um apoio do PT, não acredita em uma aliança com o partido de Lula.
"Não descarto (aliança com PT), apenas não acredito que aconteça pela natureza do escorpião", disse Ciro Gomes. Em palestra no evento, o ministro fez uma metáfora dizendo que o partido era como escorpião, "se afunda sozinho."
Ele fez críticas ao PT e disse que a sigla precisa fazer uma autocrítica. "Não é possível que tudo seja 'conspirata', que eles são santos." Ao ser perguntado se não afastava um possível apoio do partido pelos ataques que faz à legenda, Ciro lembrou que apoiou o PT em outras eleições. "Eu só sirvo para isso (para apoiar)?", declarou.
O ex-ministro disse mais uma vez que "sonha" com a absolvição de Lula, mas que o petista não pode ser candidato em caso de condenação. "Manter o País refém de um conjunto de chicanas e recursos judiciais é o outro lado da judicialização da política que tem feito tão mal ao País."
Pré-candidato, Ciro Gomes afirmou que busca aliança com outros partidos, mas que tem "limites" para isso. Sobre o PSB, onde já foi filiado, disse que há afinidade programática. Ele acrescentou que também procura apoio do PCdoB. "Se eu vou conseguir ou não, vamos ver."