Candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes: apesar de tudo, Ciro disse estar "animado" (Sergio Moraes/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 4 de agosto de 2018 às 17h47.
Belo Horizonte - O candidato do PDT Ciro Gomes afirmou, neste sábado, ainda haver uma tentativa de isolá-lo na campanha pela Presidência da República. "Estão tentando se organizar em torno de candidato que vai manter privilégios de uma minoria", afirmou, sem dizer a quem se referia.
Sobre o isolamento, o candidato afirmou que Lula, Bolsonaro e Marina também não fecharam alianças. "Acabei de fechar com o Avante, mas estão tentando me isolar. Isolar é não aparecer na televisão", disse Ciro.
"A sociedade vai percebendo. Toda a estrutura velha, para não dizer velhaca da vida brasileira, está se organizando em redor do candidato que é responsável por manter os privilégios de uma minoria, enquanto a maioria da população brasileira amarga o desemprego, a informalidade, a violência impune."
Conforme Ciro, a decisão do PSB nacional de pressionar pela saída de Marcio Lacerda da disputa pelo governo de Minas Gerais teve como objetivo atingir a campanha do pedetista. "Ele (Lacerda) foi sacrificado por minha causa", afirmou.
Uma possível aliança do PDT com o PSB daria a Ciro palanque em Minas, o segundo maior colégio eleitoral do País. O candidato tinha ainda neste sábado agenda com Lacerda em Belo Horizonte.
Apesar de tudo, Ciro disse estar "animado". "Vocês estão falando com o próximo presidente da República".
O candidato afirmou que, sem tempo de televisão, vai "dar um jeito" de falar com o eleitor". "Querem calar o carteiro para o povo não ler a carta. Se não me deixarem falar na televisão vou falar por sinal de fumaça, tambor, vocês vão ver", acrescentou.
Ciro voltou a negar a possibilidade de ser vice de chapa encabeçada pelo PT, como já cogitou a presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann. Conforme Ciro, o que a dirigente "fala pela manhã, não vale para a tarde".