Ciro Gomes: "Se eu vou conseguir ou não, vai depender de muitos fatores, mas eu quero muito" (Adriano Machado/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 14 de junho de 2018 às 20h33.
São Paulo - Um dia após o vice-presidente nacional do PSB, Beto Albuquerque, afirmar ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, que a sigla deveria descartar qualquer tipo de aliança nacional no primeiro turno, o presidenciável Ciro Gomes (PDT) fez um afago ao antigo colega de partido. Referindo-se ao ex-deputado como um "amigo querido", Ciro voltou a dizer que "quer muito" um acordo já na primeira etapa de votação.
"Quero muito o apoio do PSB. Se eu vou conseguir ou não, vai depender de muitos fatores, mas eu quero muito. E o Beto Albuquerque é um dos amigos queridos que eu tenho lá", afirmou Ciro, em referência às declarações do ex-deputado.
Na entrevista, Albuquerque, que foi vice de Marina Silva na eleição de 2014, fez duras críticas à maneira como o PSB conduziu sua participação na corrida presidencial. Ele condenou o fato de a sigla ter abandonado os planos de uma candidatura própria e afirmou que nenhum dos candidatos colocados até o momento é capaz de unificar a legenda.
"Podem fazer as juras de amor que quiserem, não vai adiantar nada. Nem Ciro, nem Marina, nem Alckmin, nem candidato nenhum entre os que estão aí é capaz de unificar o partido", disse Albuquerque, na entrevista. "Dado que perdemos a oportunidade de estar nesta eleição com um nome nosso, o partido deveria mesmo é se concentrar na eleição de governadores, senadores e deputados no primeiro turno."
Nos últimos dias, Ciro intensificou as conversas com outros partidos, na tentativa de montar uma aliança ampla para a corrida presidencial. Além de manter conversas com legendas do chamado "centrão" - como DEM, PP e SDD -, o pedetista reforçou os acenos ao PSB e ao PCdoB.