Brasil

Ciro acusa Serra de simular agressão com bolinha

Deputado também lembrou que quando Serra foi prefeito de São Paulo assinou documento afirmando que não renunciaria para disputar outros cargos e não cumpriu

Ciro Gomes é um dos coordenadores da campanha de Dilma Rousseff (Roosewelt Pinheiro/Agência Brasil)

Ciro Gomes é um dos coordenadores da campanha de Dilma Rousseff (Roosewelt Pinheiro/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2012 às 20h11.

O deputado federal Ciro Gomes (PSB) disse ontem à noite, em Teresina, que o candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, simulou uma agressão durante o tumulto da semana passada, no Rio de Janeiro. "O candidato tem coragem de fazer uma simulação com uma bola de papel na cabeça. Dizer que foi agredido, a ponto de bater no hospital e ficar 24 horas de repouso, é um candidato que, se dando poder, sabe-se lá o que seria capaz de fazer", questionou o deputado, que é um dos coordenadores da campanha de Dilma Rousseff (PT).

Ciro explorou a contradição de Serra ao afirmar que não conhecia o ex-diretor da empresa Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa) Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto. Em seguida, o candidato tucano admitiu que o conhecia, mas não pelo apelido. "O que ele diz pela manhã não serve para a tarde," criticou Ciro.

O deputado também lembrou que, quando Serra foi prefeito de São Paulo, assinou um documento afirmando que não renunciaria para disputar outros cargos, o que não cumpriu. "Se fosse eu, com a imprensa de São Paulo do jeito que é, nunca mais teria direito de ser candidato", completou Ciro Gomes, que participou ontem da carreata da campanha de reeleição do governador do Piauí, Wilson Martins (PSB).

O parlamentar continuou no ataque e afirmou que até sexta-feira serão divulgadas pesquisas eleitorais fraudadas, feitas pelo Instituto GPP. "É um instituto deles. Eles vão fraudar a pesquisa, provavelmente aproximando Serra de Dilma", acusou.

Resposta do PSDB

Ao chegar em Teresina nesta quarta-feira para apoiar a candidatura de Silvio Mendes (PSDB) ao governo do Piauí, o governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), evitou responder as declarações do deputado. "Meu conterrâneo Ciro Gomes, da mesma cidade minha, não é candidato. Então não vamos ficar fazendo polêmica. O Serra está muito preparado e é uma disputa apertada. Mas não está decidida. O que vale é a urna, é a eleição, domingo dia 31", retrucou.

Alckmin disse que o PSDB pretende trabalhar com respeito e levar a mensagem do Serra a todo o País. "Acho que ele vai fazer mais na saúde, principal prioridade, na segurança e na educação, com a formação profissional e desenvolvimento. Ele está preparado para esse desenvolvimento", defendeu.

O governador ainda falou sobre a suposta pesquisa fraudada, segundo denúncia de Ciro. "Não brigamos com pesquisas. Não discutimos. O que vale é a eleição. O (Leonel) Brizola dizia que se pesquisa valesse, não precisa ter eleição. Vale o dia 31", emendou, dizendo que não vão aceitar provocações.

Alckmin confirmou que o governador de São Paulo, Alberto Goldman mandou suspender a licitação da obra do metrô e encaminhou a denúncia para apuração por parte do Ministério Público e do Tribunal de Contas. "O governo agiu corretamente. O governador suspendeu a ordem de serviço e criou uma comissão interna para apurar. Se não resolver até dezembro, vamos anular a licitação", disse.

Acompanhe tudo sobre:Ciro GomesEleiçõesEleições 2010GovernadoresJosé SerraOposição políticaPartidos políticosPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPSDB

Mais de Brasil

STF rejeita recurso e mantém pena de Collor após condenação na Lava-Jato

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência

Lula discute atentado com ministros; governo vê conexão com episódios iniciados na campanha de 2022