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Cinco suspeitos e um PM são mortos durante operações no Rio

Três supostos traficantes foram mortos no Jacarezinho (zona norte), onde 13 pessoas foram detidas

Rio: a maior operação desta terça-feira mobilizou cerca de 300 policiais civis (Ricardo Moraes/Reuters)

Rio: a maior operação desta terça-feira mobilizou cerca de 300 policiais civis (Ricardo Moraes/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de janeiro de 2018 às 21h49.

Rio - Cinco suspeitos e um policial militar morreram baleados durante operações realizadas em três favelas do Rio de Janeiro nesta terça-feira, 30.

Três supostos traficantes foram mortos no Jacarezinho (zona norte), onde 13 pessoas foram detidas. Outros dois suspeitos foram mortos na favela da Rocinha, na zona sul, onde um morador foi atingido de raspão na cabeça por uma bala perdida e sobreviveu.

Na Ilha do Governador (zona norte), um tenente foi baleado durante uma operação e se tornou o 13º policial militar morto neste ano no Estado do Rio.

A polícia realizou ainda uma operação no morro da Formiga, na zona norte, onde não houve registro de feridos.

A maior operação desta terça-feira mobilizou cerca de 300 policiais civis que saíram da Cidade da Polícia, no Jacaré (zona norte), às 6h30 rumo à vizinha favela do Jacarezinho. O objetivo era prender acusados pela morte de dois policiais: Bruno Guimarães Bühler, de 36 anos, que integrava a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), o grupo de elite da Polícia Civil, e foi morto em 18 de agosto do ano passado durante uma operação nessa favela, e o delegado Fábio Monteiro, de 38 anos, morto em 12 de janeiro passado, após ser rendido por criminosos ao sair da Cidade da Polícia para almoçar.

Na manhã desta terça, os policiais foram recebidos a tiros, e os confrontos se estenderam por toda a manhã. O espaço aéreo no Rio chegou a ser fechado para o tráfego de helicópteros, por conta desses tiroteios. Um suspeito morreu na hora, e outros dois chegaram a ser socorridos e levados para o Hospital Federal de Bonsucesso, também na zona norte, onde morreram. Nenhum policial se feriu.

Foram detidos 13 suspeitos (dez adultos e três adolescentes), acusados de tráfico e outros crimes. Houve apreensão de três pistolas e drogas em quantidade não divulgada.

Na Rocinha, a operação policial foi realizada pela PM, durante a manhã. A favela vive nesta terça-feira o sétimo dia seguido de intensos tiroteios entre traficantes e destes com a PM. Dois suspeitos foram baleados e chegaram a ser levados ao Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon (zona sul), onde morreram. Com os criminosos a polícia afirma ter apreendido um fuzil AK-47.

Um entregador de jornais de 42 anos que mora na favela e estava voltando para casa a pé, após o trabalho, foi baleado de raspão na cabeça, por volta das 9h, quando caminhava pela Rua 2. Ele foi socorrido e não corre risco de morte.

Ilha do Governador

Durante uma operação realizada no Parque Royal, na Ilha do Governador, policiais do 17º Batalhão foram recebidos a tiros por traficantes e o tenente Eduardo Barros de Almeida, de 30 anos, foi baleado. Ele chegou a ser levado para o Hospital Municipal Evandro Freire, no mesmo bairro, onde acabou morrendo. Almeida estava na PM desde 2011.

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da capital, e o Disque Denúncia oferece R$ 5.000 por informações que levem à identificação e captura do autor do homicídio.

No morro da Formiga, policiais militares do 6º Batalhão (Tijuca) e da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro da Formiga fizeram uma operação, durante a manhã desta terça-feira. Eles foram recebidos a tiros e houve intenso confronto, por volta das 6h30. Até as 17h não havia registro de feridos ou presos.

Na noite de sábado, 27, criminosos que, segundo a polícia, seguiam da favela da Rocinha para o morro da Formiga iniciaram intenso tiroteio com a polícia, na Rua Conde de Bonfim, e o garçom Samuel Ferreira Coelho, de 24 anos, morreu atingido por uma bala perdida. Dois PMs e uma passageira de um aplicativo de transportes ficaram feridos.

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