Fernando Haddad, candidato do PT à Prefeitura de São Paulo (Divulgação/Facebook)
Da Redação
Publicado em 22 de outubro de 2012 às 21h23.
São Paulo - Cinco ministros do governo Dilma Rousseff apareceram na noite desta segunda-feira no horário eleitoral do candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad. Miriam Belchior (Planejamento), Guido Mantega (Fazenda), Aloizio Mercadante (Educação), José Eduardo Cardozo (Justiça) e Alexandre Padilha pediram votos ao petista e destacaram a importância do trabalho conjunto entre os governos municipal e federal. "São Paulo terá uma oportunidade única em sua história", apontou Miriam. "A presença de Haddad na Prefeitura será bom para São Paulo e para o Brasil", emendou Mantega.
O programa petista foi dedicado aos projetos que podem ser executados em parceria, seja com o governo federal ou com o estadual, este administrado pelo tucano Geraldo Alckmin. "Estou na política para unir, não para dividir", disse Haddad, explicando que fará parcerias com o Estado porque os interesses da cidade estão "acima dos interesses partidários e pessoais". A propaganda petista disse ainda que o candidato do PSDB, José Serra, "nunca fala em parcerias com o governo federal" e que essa postura causa prejuízos para o desenvolvimento da cidade.
Apesar das críticas da campanha tucana de que o governo federal não investe em São Paulo, a campanha de Haddad enfatizou que projetos, como o Expresso Tiradentes e o Rodoanel, saíram do papel com recursos federais. Se eleito, Haddad disse que pretende trazer recursos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC 2) para melhorar o transporte público da capital paulista.
A campanha do tucano José Serra insistiu no discurso de que o "PT de Haddad" pretende acabar com as parcerias entre a Prefeitura e as Organizações Sociais que administram hospitais na cidade. O programa mostrou uma cópia de um abaixoassinado que teria sido iniciativa de petistas contra essas parcerias e incluiu um vídeo onde o candidato do PT defende que o poder público assuma a administração de hospitais. "O PT do Haddad votou contra a lei das parcerias", acusou o narrador.
Na TV, a propaganda do PSDB também investiu na comparação entre a gestão Marta Suplicy (2001-2004), ou "o tempo de Haddad e do PT", e a chegada de José Serra na administração municipal em 2005. Ao mostrar as antigas "escolas de lata", a campanha afirmou que Serra "inaugurou um novo tempo na educação" e que na gestão "Serra/Kassab" os Centros Educacionais Unificados (CEUs) foram mantidos e os professores municipais tiveram ganhos salariais e aperfeiçoamento profissional.
No final, após listar seus projetos para taxistas e estudantes do ensino técnico e de cursos profissionalizantes, a campanha tucana mostrou cenas do candidato nas ruas, recebendo o apoio de sambistas e ainda explorou a declaração de apoio do goleiro do São Paulo, Rogério Ceni.