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Cinco assuntos quentes para o Brasil nesta semana

O destaque vai para a agenda externa forte com PIB e PCE nos EUA, decisões do BCE e BOJ, além da situação no Reino Unido

 (Jonne Roriz/Getty Images)

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Bloomberg

Publicado em 23 de outubro de 2022 às 18h29.

Última atualização em 23 de outubro de 2022 às 18h30.

Mercado entra na reta final do 2º turno e deve reagir às últimas pesquisas antes da eleição, em 30 de outubro. Curva de juros monitora os sinais do comunicado do Copom, que deve manter a Selic estável, e o IPCA-15. Agenda externa forte pode trazer volatilidade com PIB e PCE nos EUA, decisões do BCE e BOJ, além da situação no Reino Unido. Saem ainda vendas da Petrobras e balanço da Vale. Veja os destaques:

Reta final da eleição

O mercado entra na última semana antes do 2º turno e as pesquisas serão avaliadas com atenção. Sondagens recentes como do Datafolha e de outros institutos apontaram diferença apertada entre o ex-presidente Luiz Inacio Lula da Silva e Jair Bolsonaro, o que ajudou a impulsionar os ativos brasileiros. Na Modalmais divulgada nesta sexta, o atual presidente apareceu na frente, dentro da margem de erro. Eventuais decisões do TSE que possam afetar a campanha também serão monitoradas.

Decisão do Copom

O Banco Central deve manter a Selic inalterada em 13,75% na próxima quarta-feira, segundo economistas pesquisados pela Bloomberg. “A curiosidade fica por conta do que virá no comunicado. Uma relativização da queda de inflação esperada e subjacente -- que seguem muito acima da meta -- seria um ponto hawkish”, diz Adriana Dupita, da Bloomberg Economics. “Possíveis acenos dovish: menção aos riscos elevados de recessão nas principais economias; algum comentário sobre ritmo mais lento de crescimento no Brasil; e -- menos provável de aparecer -- alguma referência a um menor risco de reversão de reformas dado o resultado de 2 de outubro”. A precificação na curva de juros aponta para a possibilidade de os cortes começarem a partir de março de 2023.

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IPCA-15 e bandeira

A próxima semana conta com agenda pesada de indicadores econômicos. Na véspera do Copom, será divulgado o IPCA-15 de outubro. Estimativa é de leve alta, de 0,09%, após os dois índices anteriores terem marcado deflação, mas com desaceleração no comparativo anual para pouco menos de 7%. Ainda serão divulgados o IGP-M, taxa de desemprego, contas externas e dados de crédito. Em 28 de outubro, a Aneel divulga bandeira tarifária para novembro.

EUA e Europa

Agenda nos EUA também é cheia e destaca o PIB do 3º trimestre, que sai na quinta-feira e tem estimativa de crescimento de 2,3% sobre o trimestre anterior. No dia seguinte, sai o deflator PCE de setembro, que deve subir no mesmo ritmo de agosto. Na zona do euro, presidente do BCE, Christine Lagarde, fala após decisão do BCE, que deve elevar o juro. Mercado ainda monitora situação política e fiscal do Reino Unido e decisão de política monetária do BC do Japão. Espera-se ainda que a China divulgue o PIB, adiado em meio ao encontro do Partido Comunista.

Petrobras e Vale

A Petrobras divulga o volume de vendas de petróleo e gás no trimestre de julho a setembro na segunda-feira. O balanço completo vai ser informado no dia 3 de novembro, segundo a companhia. Já a Vale, que divulgou uma produção de minério de ferro mais forte que a esperada, publica o balanço completo na quinta-feira. Ambev, Santander Brasil, Suzano, Klabin e Gol também divulgam balanço nos próximos dias. Apple e Microsoft são destaques entre balanços nos EUA.

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