Brasil

Cidade de super empreendimento de Eike enfrenta dias ruins

A cidade de São João da Barra, escolhida para receber o Superporto de Açu, perdeu mais de mil postos de trabalho em 2013 após anos de números positivos


	O anúncio da construção do Superporto de Açú estimulou a criação de quase 4 mil empregos entre 2006 e 2012 em São João da Barra (RJ); neste ano a história se inverteu
 (Reprodução/LLX)

O anúncio da construção do Superporto de Açú estimulou a criação de quase 4 mil empregos entre 2006 e 2012 em São João da Barra (RJ); neste ano a história se inverteu (Reprodução/LLX)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2013 às 17h16.

São Paulo - A cidade de São João da Barra, no Rio de Janeiro, foi a escolhida para receber o maior empreendimento de Eike Batista, o Superporto do Açu. O investimento na ordem de 3,8 bilhões de reais prometia trazer um boom de desenvolvimento para a cidade de apenas 33 mil habitantes. Hoje, no entanto, ela parece refletir a crise do grupo EBX.

Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), entre janeiro e setembro deste ano, São João da Barra perdeu 1.117 postos de trabalho formais.

É a primeira vez desde o anúncio do empreendimento que a cidade sofre com fechamento de vagas, que só vinham aumentando ano a ano. Entre 2006 e 2012, 3.900 empregos com carteira assinadas foram criadas.  

A queda no número de empregos impactou diretamente o setor de serviços da cidade. Segundo reportagem do G1, no primeiro semestre de 2013, a prefeitura de São João da Barra perdeu R$ 36 milhões em arrecadação de impostos. 

O secretário municipal de Fazenda, Ranulfo Vidigal, acredita que a situação é temporária. Ao mesmo portal, disse que o município perdeu mil empregos num universo em que 10 mil foram criados.

"Muitas pessoas voltaram para suas bases. O que o município perdeu foi a demanda de serviços destas pessoas. Na minha previsão, esta perda é temporária. Um contrato entre a OSX e a Mendes Júnior voltará a trazer empregos a partir de março", disse o secretário ao G1.

Colapso de Eike

No começo do mês, a petroleira OGX comunicou ao mercado que não vai pagar a seus credores cerca de US$ 45 milhões das parcelas referentes a juros de dívidas emitidas pela empresa no exterior que venciam dia 1º de outubro. Nesta quarta-feira, a empresa acabou entrando com o pedido de recuperação judicial e agora precisa apresentar um plano de reestruturação para pagar tudo o que deve. 

A turbulência nos negócios de Eike começou há mais de um ano, quando a OGX passou a apresentar resultados de produção muito abaixo das expectativas do mercado e das próprias projeções da empresa.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasDesempregoEike BatistaEmpresáriosMetrópoles globaisMMXOSXPersonalidadesRio de Janeiro

Mais de Brasil

PGR defende que Collor vá para prisão domiciliar

Dino suspende pagamento de emendas parlamentares de saúde sem conta bancária específica

Oposição formaliza pedido de CPI do INSS com 184 assinaturas e aumenta pressão pela saída de Lupi