Cid Gomes: o senador foi atingido após avançar sobre sobre um portão de um quartel da Polícia Militar com uma retroescavadeira (WELLINGTON MACEDO/Estadão Conteúdo)
Clara Cerioni
Publicado em 20 de fevereiro de 2020 às 10h12.
Última atualização em 20 de fevereiro de 2020 às 10h14.
Sobral — O senador licenciado Cid Gomes, baleado nesta quarta-feira (19) na cidade de Sobral (CE) durante protesto de policiais, teve na manhã desta quinta-feira (20) alta hospitalar da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital do Coração da cidade.
O ex-governador do Ceará foi transferido para a enfermaria. De acordo com boletim médico, Cid Gomes deu entrada na unidade hospitalar "vítima de ferimento por arma de fogo no hemitórax esquerdo". Veja o boletim médico de Cid Gomes.
Após o atendimento inicial, diz a nota, seu quadro clínico evoluiu sem intercorrências, mantendo-se "hemodinamicamente estável e com padrão respiratório normal, não mais necessitando de cuidados de terapia intensiva".
Segundo sua assessoria de imprensa, exames não constataram alterações neurológicas ou cardíacas.
O senador foi atingido após avançar sobre sobre um portão de um quartel da Polícia Militar com uma retroescavadeira. Do outro lado estavam pessoas mascaradas, de onde vem o disparo.
Logo após o acontecimento, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, autorizou o envio da Força Nacional de Segurança Pública para o estado.
As tropas serão enviadas para reforçar a segurança após quatro batalhões da Polícia Militar serem atacados. Os ataques foram feitos por pessoas encapuzadas, mas há suspeita de que os responsáveis sejam policiais.
Os ataques ocorrem por falta de um acordo entre o governo do Estado e os policiais e bombeiros sobre o reajuste salarial.
De acordo com o representante das categorias da segurança pública na Assembleia Legislativa do Ceará, o deputado Soldado Noelio (PROS), muitos policiais se manifestam com o rosto coberto.
Segundo o governador Camilo Santana (PT), as ações foram feitas por homens mascarados que seriam “alguns policiais” e “mulheres que se apresentam como esposas de militares".