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Cid Gomes sugere frente à esquerda para ajudar Dilma

Segundo Cid, a intenção é de angariar um número de parlamentares equivalente a 10 por cento do total de deputados

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2014 às 12h48.

Brasília - O governador do Ceará, Cid Gomes (Pros), sugeriu em reunião com a presidente Dilma Rousseff nesta terça-feira que seja criada uma frente de partidos mais alinhados à esquerda para ajudá-la no Congresso e facilitar a governabilidade.

Segundo Cid, que ainda deve conversar com integrantes de partidos como o PDT, PCdoB e de sua própria legenda, na intenção de angariar um número de parlamentares equivalente a 10 por cento do total de deputados.

“É fundamental que ela (Dilma) possa ter além do PT dois partidos ou frentes fortes que possam ajudá-la na governabilidade. Acho que o (Gilberto) Kassab está cumprindo um papel aí de formação de um partido de centro. E eu me coloquei à disposição para cumprir um papel na busca por uma frente ou um partido à esquerda”, disse a jornalistas Cid, após a reunião com a presidente, referindo-se a notícias publicadas sobre movimentações do ex-prefeito.

“Ter uma frente ou um partido de centro para além do PMDB, e um partido, uma frente à esquerda, ajuda na governabilidade e reduz aí o espaço da pressão que muitas vezes beira até a chantagem”, acrescentou o governador.

De acordo com Cid, que deve conversar ainda nesta terça com o presidente de sua legenda, a ideia é formar inicialmente uma frente com cerca de 10 por cento do plenário da Câmara, para então evoluir o grupo para um partido de “todos aqueles que militam à esquerda ... que tenham uma identidade ideológica mais à esquerda”, que pode incluir, inclusive, membros do PSB.

O PSB rompeu como o governo no ano passado, ocasião em que Cid deixou o partido. Após a ruptura, apresentou candidatura própria ao Palácio do Planalto e apoiou o tucano Aécio Neves no segundo turno.

“Eu penso que há pessoas insatisfeitas nesse arco de esquerda.... acho que há gente insatisfeita no PSB”, afirmou. Questionado sobre a reação da presidente sobre a ideia, o governador disse que não poderia afirmar que ela “concordou” ou “incentivou”.

Sobre a possibilidade de integrar o novo ministério da presidente, Cid se negou a comentar “essa especulação” e disse que seu projeto é passar uma temporada nos Estados Unidos como consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento. (Reportagem de Maria Carolina Marcello)

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