Família de capivaras nadam além dos marcadores de nível d'água em Bragança Paulista (Paulo Whitaker/Reuters)
Da Redação
Publicado em 29 de julho de 2014 às 17h30.
São Paulo - As chuvas que chegarão aos reservatórios das hidrelétricas do país em agosto devem ficar abaixo da média histórica em todas as regiões, exceto o Sul, onde as afluências esperadas são equivalentes a 117 por cento da média histórica, informou a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Os dados desta terça-feira baseiam-se em previsões do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e apontam que as chuvas que devem chegar aos reservatórios no Sudeste em agosto ficarão em cerca de 93 por cento da média histórica para o mês.
No Norte, as afluências deverão ser equivalentes a 81 por cento da média e, no Nordeste, a 57 por cento da média.
Segundo a CCEE, em agosto a geração de energia hidrelétrica deverá continuar abaixo da garantia física alocada para o período, equivalente a 88 por cento da capacidade total.
As previsões chegam num momento em que as hidrelétricas estão sendo poupadas para evitar forte rebaixamento dos reservatórios de água das usinas, que enfrentam estiagem.
Quando as hidrelétricas participantes do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) geram menos energia que a garantia física dessas usinas, o déficit que é suprido com energia comprada no curto prazo, com preços mais altos diante da forte geração termelétrica mais cara.
Isso tem afetando as geradoras que não têm sobra de energia para cobrir contratos e estão tendo que recorrer à compra no curto prazo.
A CCEE informou ainda que o preço de energia de curto prazo dado pelo PLD subiu 47 por cento em julho ante junho, situando-se em 570,04 reais por megawatt-hora (MWh), na média.