Brasil

Chuvas no RS: sobe para 39 número de mortes e 68 pessoas seguem desaparecidas

Na tarde de quinta-feira, 2, a Barragem 14 de Julho entrou em colapso depois de temporal e impactos atingirem os municípios de Cotiporã e Bento Gonçalves

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter da Home

Publicado em 2 de maio de 2024 às 19h20.

Última atualização em 3 de maio de 2024 às 18h16.

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul (RS) divulgou, na tarde desta sexta-feira, 3, o balanço atualizado do número de mortos pelos temporais que atingem o estado. Segundo o último levantamento, 39 morreram por consequência da chuvas e ao menos 68 pessoas seguem desaparecidas. Ao todo, 235 cidades foram afetadas e mais de 24 mil pessoas estão fora de casa.

Chuva no Rio Grande do Sul causa pontos de bloqueios nas rodovias; veja lista

O governador Eduardo Leite (PSDB) fez um apelo para que as pessoas atendam ao chamado e procurem refúgios seguros, preferencialmente longe das áreas de alagamento identificadas pela Defesa Civil.

"O meu dever aqui, como governador, é fazer com que as pessoas compreendam que a situação que estamos vivendo é absurdamente excepcional. É o momento mais crítico que o estado terá registro na sua história", declarou o governador".

E acrescentou: "É impossível atendermos todos os resgates com as condições climáticas que estamos vivendo".

Veja o balanço

  • Municípios afetados: 235
  • Pessoas em abrigos: 7.949 pessoas
  • Desalojados: 17.087
  • Afetados: 351.639
  • Feridos: 74
  • Desaparecidos: 68
  • Óbitos: 39

Mortes: 39 pessoas

  • Canela (2)
  • Candelária (1)
  • Caxias do Sul (1)
  • Bento Gonçalves (1)
  • Boa Vista do Sul (2)
  • Paverama (2)
  • Pantano Grande (1)
  • Putinga (1)
  • Gramado (4)
  • Itaara (1)
  • Encantado (1)
  • Salvador do Sul (2)
  • Serafina Corrêa (2)
  • Segredo (1)
  • Santa Maria (2)
  • Santa Cruz do Sul (4)
  • São João do Polêsine (1)
  • Silveira Martins (1)
  • Vera Cruz (1)
  • Taquara (2)
  • São Vendelino (1)
  • Três Coroas (3)

Desastre em barragem

Na tarde desta quinta-feira, um grande volume de chuvas resultou no rompimento da Barragem da Hidrelétrica 14 de Julho, situada entre os municípios de Cotiporã e Bento Gonçalves. Como medida de precaução, a Defesa Civil ordenou a evacuação dos moradores da região. Além disso, há um alerta iminente em relação a outras cinco barragens, com notificação e retirada dos residentes. O estado está monitorando um total de 13 estações.

Em resposta à situação emergencial, o governo estadual decretou estado de calamidade pública na quarta-feira, com duração de 180 dias. Este decreto estipula que os órgãos e entidades da administração pública estadual devem oferecer assistência imediata às áreas afetadas, em estreita colaboração com a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil.

Além disso, o documento prevê que os municípios afetados possam solicitar auxílio semelhante, com pedidos sendo avaliados e homologados pelo Estado, garantindo uma resposta rápida e coordenada diante da emergência.

Como receber o alerta da Defesa Civil do RS?

Para reforçar as medidas de prevenção, as pessoas podem se inscrever para receber alertas meteorológicos da Defesa Civil estadual. Basta enviar o CEP da localidade por SMS para o número 40199. Após isso, uma confirmação será enviada, habilitando o número para receber as informações sempre que forem emitidas.

Além disso, é possível se cadastrar por meio do aplicativo WhatsApp. Para utilizar o serviço, é necessário se registrar pelo telefone (61) 2034-4611 ou clicando no link fornecido. Em seguida, basta interagir com o robô de atendimento enviando uma mensagem simples como "Oi". Após essa primeira interação, o usuário pode compartilhar sua localização atual ou qualquer outra de seu interesse para começar a receber as mensagens enviadas pela Defesa Civil estadual.

*Matéria em atualização

Acompanhe tudo sobre:ChuvasRio Grande do Sul

Mais de Brasil

Qual o valor da multa por dirigir embriagado?

PF convoca Mauro Cid a prestar novo depoimento na terça-feira

Justiça argentina ordena prisão de 61 brasileiros investigados por atos de 8 de janeiro

Ajuste fiscal não será 'serra elétrica' em gastos, diz Padilha