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Chuvas no RS: nível do Guaíba recua 26 cm em 24 horas e registra o menor nível desde segunda, 13

Apesar da redução, o número segue superior à cota de inundação, no Cais Mauá, de 3 metros

Chuvas no RS: mais de 150 pessoas perdaram a vida nas enchentes

Chuvas no RS: mais de 150 pessoas perdaram a vida nas enchentes

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 17 de maio de 2024 às 09h17.

A elevação do Lago Guaíba que preocupa moradores de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul (RS) assolada pelas enchentes desde o final de abril junto com outros 461 municípios, recuou pelo segundo dia consecutivo. Nesta sexta-feira, 17, às 7h, a medição realizada pelo Serviço Geoólogico do Brasil (SGB), em parceria com Secretaria do Meio Ambiente do Estado do Rio Grande do Sul (Sema), registrou a marca 4,72 metros no Cais Mauá.

O nível é o menor nível registrado desde às 5h da segunda-feira, 13, quando as medições apontavam a marca dos 4,70 metros. Em 24 horas, o recuo foi de 26 cm: às 7h de quinta, 16, o nível do lago estava em 4,98 cm. Apesar da redução, o número segue superior ao nível de alerta, de 2,5 metros, e à cota de inundação, no Cais Mauá, de 3 metros.

A maior medição do Guaíba foi registrada no dia 4 de maio, quando os medidores alcançaram 5,35 metros. O recorde anterior era da enchente de 1941, quando o nível do rio alcançou os 4,74 metros.

De acordo com o último levantamento da Defesa Civil do RS (às 9h desta sexta), 154 pessoas perdaram a vida nas enchentes e 98 estão desaparecidas . Ao todo, 806 pessoas estão feridas por conta dos temporais e mais de 2 milhões foram afetadas.

Por que o nível do Guaíba não está baixando?

A elevação do Guaíba é consequência das fortes chuvas que ocorreram no Rio Grande do Sul e, apesar da trégua no tempo, a água ainda escoa lentamente. Isso porque, além do enorme volume acumulado, o Guaíba deságua na Lagoa dos Patos, que também apresenta um escoamento lento, influenciado pelos ventos e por uma saída estreita para o oceano. Nos últimos dias, os ventos no Sul, que atingiram até 50 km/h, fizeram com que a água fluísse na direção oposta à saída para o mar.

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