Brasil

Chuvas no Rio de Janeiro deixam dois desaparecidos, alaga hospital e fecha Avenida Brasil

Estações do metrô da Linha 2 fecham por causa do transbordamento do Rio Acari. Niterói atinge índice pluviométrico histórico

Fortes chuvas atingem o Rio de Janeiro (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Fortes chuvas atingem o Rio de Janeiro (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 14 de janeiro de 2024 às 11h59.

As chuvas estão provocando sérios transtornos na cidade e no estado do Rio de Janeiro desde a madrugada deste domingo. Há desaparecidos em Ricardo de Albuquerque e Belford Roxo. A Avenida Brasil está interditada e o subsolo do Hospital Ronaldo Gazolla, em Acari, está alagado,. Estações da Linha 2 do Metrô estão fechadas por conta do transbordamento do Rio Acari.

O Centro de Operações da prefeitura informa que o município entrou no estágio 4 (quarto nível numa escala de 5) às 02h45, devido aos elevados pluviométricos acumulados em 24 horas. Além disso, diversas ocorrências estão em andamento e provocam impactos na rotina da cidade, principalmente na Zona Norte.

Em suas redes sociais, o prefeito Eduardo Paes pede que as pessoas evitem passar pela Avenida Brasil e que a prefeitura tenta restabelecer a energia no Hospital Ronaldo Gazolla. Em Niterói, a prefeitura informa que foi atingido o recorde histórico de chuvas em uma hora: 120,2 milímetros.

A concessionária MetrôRio informa que, devido ao temporal que atingiu a cidade, o entorno das estações da Linha 2 foi afetado. O alto volume de água, principalmente no bairro de Acari, impossibilitou a abertura completa do sistema.

Neste domingo, a concessionária começa a operar provisoriamente na Linha 2 entre as estações Colégio e General Osório/Ipanema. As estações Pavuna, Engenheiro Rubens Paiva, Acari Fazenda Botafogo e Coelho Neto estão temporariamente fechadas.

"As equipes de manutenção estão mobilizadas para atuar, após o escoamento da água, e restabelecer o mais breve possível o sistema metroviário", diz o metrô em nota.

Já Secretaria de Estado de Defesa Civil (Sedec-RJ) e o Corpo de Bombeiros monitoram as precipitações em todo o estado.

Os Bombeiros atenderam a mais de 150 ocorrências relacionadas às chuvas nas últimas 24 horas, em todo o território fluminense, relacionadas a salvamentos de pessoas, inundações/alagamentos, cortes de árvores e desabamentos/deslizamentos.

Em Belford Roxo, equipes buscam por uma vítima feminina adulta que teria desaparecido após a queda de um veículo no rio Botas, na altura da Rua Doze, no bairro Andrade Araújo, na noite de sábado .

Em Ricardo Albuquerque, bombeiros trabalham, com o uso de cães farejadores, em busca de uma vítima masculina adulta que teria sido soterrada após o desabamento de uma edificação na rua Moraes Pinheiro, na manhã deste domingo.

O Centro Estadual de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden-RJ) está acompanhando as condições meteorológicas e os níveis pluviométricos em todo o território fluminense, enviando alertas para os municípios quando necessário.

O risco hidrológico é alto ou muito alto na capital, nas Regiões Metropolitana, Serrana, Sul, Noroeste, Costa Verde e na Baixada Fluminense, com propensão a alagamentos e inundações. No restante do Estado, o risco é baixo a moderado.

O risco geológico é alto ou muito alto na capital, nas Regiões Metropolitana, Serrana, Sul, Costa Verde e na Baixada Fluminense, com possibilidade de deslizamentos de terra.

Acompanhe tudo sobre:Rio de JaneiroChuvasMudanças climáticas

Mais de Brasil

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência

Lula discute atentado com ministros; governo vê conexão com episódios iniciados na campanha de 2022

Justiça absolve Samarco, Vale e BHP pelo rompimento de Barragem em Mariana