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Chuvas no Espírito Santo deixam 19 mortos e 7,2 mil desalojados

Em Mimoso do Sul - e em todo o sul do Espírito Santo - segue vigente um alerta de nível alto, com "risco de movimento de massa"

Chuvas:  7,2 mil pessoas estão desalojadas; há ainda 411 desabrigados (vídeo TVE/ES/Reprodução)

Chuvas: 7,2 mil pessoas estão desalojadas; há ainda 411 desabrigados (vídeo TVE/ES/Reprodução)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 25 de março de 2024 às 08h58.

O número de mortos em decorrência das fortes chuvas que atingem o Espírito Santo subiu para 19, de acordo com o Boletim Extraordinário da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (Cepdec). Os dois óbitos adicionais, em relação ao último balanço divulgado no domingo, foram registrados em Mimoso do Sul, o município mais atingido pelos temporais no estado.

A quantidade de vítimas em Mimoso do Sul ainda pode subir. Há seis pessoas desaparecidas no município, onde o acumulado de chuvas nas últimas 24 horas chegou a 24,2 mm, conforme o boletim da Cepdec. De sexta-feira até sábado, caíram 220 mm de chuva no município. Ao todo, 17 pessoas morreram na localidade. Os outros dois óbitos no Espírito Santo são de moradores de Apiacá.

Em Mimoso do Sul e em todo o sul do Espírito Santo segue vigente um alerta de nível alto, com "risco de movimento de massa". "Neste cenário não se descarta a possibilidade de ocorrências de deslizamentos de terra induzidos e em encostas naturais, especialmente em encostas urbanizadas, além de possíveis 'quedas de barreira' às margens de rodovias", acrescenta o boletim.

O Sul do Espírito Santo também apresenta risco hidrológico "muito alto", sobretudo nas bacias dos rios Pomba e Muriaé e as partes baixas das bacias dos rios Itapemirim e Itabapoana. Nestas áreas existe a possibilidade de inundação gradual.

Rastro de destruição

Cinco pessoas morreram em um instituto-residência situado em Mimoso do Sul, por conta das fortes chuvas que atingiram o estado nos últimos dias. O grupo teria ficado preso nas acomodações da casa de repouso por conta do altura da água, que segundo os representantes do espaço chegou até o teto.

De acordo com funcionários da Casa Reviver, todas as pessoas que morreram tinham entre 18 e 50 anos, e possuíam alguma deficiência e dificuldade de locomoção. Eles estavam todos na mesma casa.

"Tivemos muitas perdas materiais, cinco unidades afetadas com água até o teto, perdemos todas as nossas mobílias. Para esclarecer as questões das vítimas, as nossas casas de idosos não foram atingidas, todos os nossos idosos estão seguros, estão bem. Nós tivemos as perdas irreparáveis de cinco pessoas da residência inclusivas", afirmou o assistente social Helton Souza, em um vídeo divulgado pela instituição.

No momento do alagamento, 10 pessoas estavam no lar de idosos e cinco delas foram resgatadas por meio da aeronave do Corpo de Bombeiros. Além da unidade de Mimoso do Sul, a Casa Reviver possuiu outros oito unidades, que atendem cerca de 100 pessoas, entre idosos, pessoas com deficiências e dependentes químicos.

Os temporais causaram danos na rede pluvial do município, que cedeu no sábado. O resultado foi o alagamento de casas e do comércio, e falhas nos serviços de energia elétrica e de telefonia.

Alertas vigentes

Além de Mimoso do Sul, outros nove municípios capixabas estão com alertas vigentes de nível alto: Bom Jesus do Norte, Muniz Freire, Guaçuí, Alegre, Vargem Alta, Jerônimo Monteiro, Rio Novo do Sul, Presidente Kennedy e Ibitirama.

Há ainda 11 municípios com alerta de nível moderado, mas com risco de deslizamentos: São José do Calçado, Iúna, Apiacá, Cachoeiro de Itapemirim, Alfredo Chaves, Conceição do Castelo, Muqui, Piúma, Atílio Vivácqua, Itapemirim e Anchieta.

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